Legislativas: Marcelo tenciona ouvir partidos "calmamente" ao longo da semana
Votação a decorrer com normalidade
Montenegro já votou em Espinho e espera boa taxa de participação
Paulo Raimundo já exerceu o direito de voto
Rui Rocha espera afluência em massa às urnas
Rui Tavares votou em Lisboa. "É um direito que temos"
Aguiar-Branco foi às urnas no Porto
10,8 milhões de portugueses podem votar
Mariana Mórtagua vota "muito confiante" em Lisboa
Porta-voz do PAN já votou. "A democracia conta com todos e cada um de nós"
Pedro Nuno Santos apela à "arma do povo", o voto eleitoral
Nuno Melo foi às urnas no Porto e apelou ao voto
Autarca do PS diz ter sido agredido por apoiante do Chega
André Ventura também já votou. "Não deixem que os outros escolham por vocês"
Votos válidos só podem conter a cruz no quadrado a seguir ao símbolo da candidatura
Cavaco diz que votar é um dever e que Portugal precisa de estabilidade
Votaram 25,56% dos eleitores até às 12:00
Movimento cívico de Braga proibido de usar t-shirts contra a abstenção
Luís Marques Mendes apela ao voto para que portugueses tenham "mais estabilidade"
Gouveia e Melo: "O que interessa é que os portugueses exerçam o seu direito de voto"
Albuquerque espera que país "desencalhe" da instabilidade
BE/Madeira apresenta queixa na CNE contra presidente do Governo Regional
Afluência às urnas até às 16h00 foi de 48,28%
Marcelo tenciona ouvir partidos "calmamente" ao longo da semana
- Mesas de voto abriram às 08:00 no continente e na Madeira e encerram às 19:00
- Votação a decorrer com normalidade
- Montenegro já votou em Espinho e espera boa taxa de participação
- Paulo Raimundo já exerceu o direito de voto
- Rui Rocha espera afluência em massa às urnas
- Rui Tavares votou em Lisboa. "É um direito que temos"
- Aguiar-Branco foi às urnas no Porto
- 10,8 milhões de portugueses podem votar
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As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas abriram hoje às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00.
As mesas de voto estarão abertas até às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.
Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de março do ano passado.
O Partido Liberal Social (PLS) é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.
(Lusa)
As eleições legislativas estão a decorrer com normalidade, apenas com algumas queixas relativas a atrasos no início da votação presencial, devido à necessidade de lançar em urna os votos antecipados, disse à Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições.
"Neste momento não temos informação nenhuma de boicotes, está tudo a correr na normalidade. Há pequenos incidentes pontuais, mas normais nas eleições", afirmou o porta-voz da CNE, André Wemans.
"Temos algumas queixas de eleitores, que têm de esperar pela contagem [dos votos postais], mas a mesa quando faz isso já está aberta", precisou a mesma fonte.
De acordo com o porta-voz da CNE, a mesa tem de colocar em urna os votos antecipados, quando abre: "por lei, é das primeiras coisas que tem de fazer, verificar os envelopes que recebeu e a seguir abrir o voto e colocá-lo dentro da urna".
"Isso em algumas mesas está a fazer com que demore. As pessoas podem ter de esperar e como tivemos aquele recorde de participação em voto antecipado, se calhar em algumas mesas fica mais pesado o arranque", admitiu.
Os números relativos ao voto em mobilidade, enviados à CNE pela Secretaria Geral da Administração Interna, indicavam 333.000 inscrições para votar antecipadamente e a participação rondou os 94%, com cerca de 314.000 votos, precisou André Wemans.
As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas encerram hoje às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária.
(Lusa)
O líder do PSD, Luís Montenegro, também já votou, na escola básica de Espinho – onde se deslocou, acompanhado da mulher, Carla Montenegro. "A expectativa é que exista uma boa participação dos portugueses", afirmou aos jornalistas.
Montenegro disse não temer um cenário de instabilidade após estas legislativas antecipadas e afirmou estar otimista quanto a uma grande taxa de participação nestas eleições.
"Sei que todos têm uma preocupação que é que destas eleições surjam soluções positivas que tragam maior capacidade de o país crescer, de o país prosperar, para poder haver mais justiça social, para poder haver mais igualdade de oportunidades, e que há a procura de uma solução de estabilidade, mas isso dependerá agora das escolhas", declarou o líder do PSD.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, foi o primeiro líder partidário a votar. Foi na escola básica de Alhos Vedros, na Moita (distrito de Setúbal), por volta das 9h35.
"Espero que hoje, esta noite, existam mais razões para as pessoas celebrarem melhores condições, para começarem a vida na segunda-feira com melhores condições", disse aos jornalistas. "Prognósticos só depois do jogo", declarou.
O presidente da Iniciativa Liberal votou este domingo, pelas 10h10, em Braga, dizendo esperar que haja "uma afluência às urnas em massa".
"Há 50 anos votámos pela primeira vez em Portugal em liberdade e, portanto, a renovação da ida às urnas é sempre uma homenagem a esse primeiro momento em liberdade que ocorreu há 50 anos", declarou aos jornalistas.
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, votou pelas 10h, em Lisboa, e também fez um apelo ao voto. "É um direito que temos e que, se não o exercemos, vai desvalorizar. É pelo bem de todos. É tão simples e ajuda tanto a que tenhamos uma democracia melhor", disse aos jornalistas.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, votou este domingo na Universidade Católica Portuguesa do Porto e destacou a importância do voto, que "é a essência da democracia".
"Quero apelar ao voto para o momento crítico. A abstenção é um dos obstáculos, desejo que baixe. É um momento soberano. Depois temos interpretar a vontade dos portugueses", acrescentou.
(CM)
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais – 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa –, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.
Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de 10 de março do ano passado.
Nas legislativas de 2024, a taxa de abstenção situou-se nos 40,16%, a mais baixa desde 2005, quando ficou nos 35,74%.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, deslocou-se à escola básica de Arroios, em Lisboa, para exercer o direito ao voto.
A deputada, tal como os seus adversários partidários, também apelou ao voto. "Apelo a toda a gente, mulheres e homens que querem um país mais justo, a votar", relatou a coordenadora.
A porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, votou este domingo na escola de Telheiras, pelas 11h30.
Aos jornalistas a deputada considerou que "é importante que as pessoas participem" e se dirijam às urnas. "A democracia conta com todos e cada um de nós", afirmou.
Inês Sousa Real explicou que vai passar o dia em família, mas que o termina com os restantes membros do PAN para acompanhar as eleições na sede do partido.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, deslocou-se à escola básica de Telheiras, em Lisboa, pelas 11h43. O deputado foi votar acompanhado pelo filho e pela companheira.
"Não deixemos para os outros a decisão do futuro", afirmou o deputado enquanto apelava ao voto dos portugueses. "Só se defende a democracia participando nestas eleições. É para isso que votamos", acrescentou.
"Para que não sejamos surpreendidos com coisas que nós não queremos na segunda-feira, é importante que as pessoas participem, votem – e votem, obviamente, naquela que é a sua preferência. E, portanto, eu desejo um dia sereno, mas de grande participação eleitoral e de respeito por todos", afirmou o líder do PS.
O presidente do CDS-PP e ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, votou este domingo no Porto, pelas 11h45. O ministro apelou à importância do voto no combate à abstenção.
O presidente da junta de freguesia de Santa Maria, Miguel Coelho, informou este domingo que foi agredido por um apoiante do Chega. O autarca do PS disse que o incidente ocorreu de manhã, quando se preparava para votar.
Ao Correio da Manhã, Miguel Coelho confirmou e descreveu a ocorrência. O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior diz que "quando estava a cumprimentar pessoas na fila" para a mesa de voto, "um homem, na casa dos 40 anos" terá gritado "eu voto Chega" e afirmado acrescentou que Miguel Coelho era "amigo dos monhés". De seguida, quando Miguel Coelho se preparava para sair daquele local, o mesmo homem terá agredido, "de surpresa", o autarca de 72 anos com "uma palmada na cabeça", tendo este acabado por cair no chão.
A situação foi presenciada por dezenas de pessoas, que auxiliaram de imediato Miguel Coelho. O agressor terá abandonado rapidamente o local. A PSP foi chamada e o autarca apresentou queixa.
O CM apurou que o agressor já está identificado e será um ex-funcionário da junta de freguesia de Santa Maria Maior.
O líder do Chega, André Ventura, votou pelas 12h no Parque das Nações, em Lisboa. Aos jornalistas, Ventura começou por falar sobre o seu estado de saúde, mas rapidamente passou a abordar a importância da "saúde da democracia". "Jé me sinto melhor. Tive a oportunidade de descansar e ontem tive a oportunidade de falar com o médico e [vou ter] de fazer outros exames. Mas hoje é a saúde da democracia que importa", afirmou."Acho que todos devem votar. Não deixem que os outros escolham por vocês", acrescentou.
Sobre o autarca do PS, Manuel Coelho, que terá sido agredido por um apoiante do Chega, André Ventura disse: "Hoje é dia de votar, mas não é com cumprimentos impróprios. Manifestem-se pela forma democrática. Com firmeza, mas com calma. Cumpram as regras".
Ventura vai acompanhar a noite eleitoral juntamente com dirigentes e apoiantes no hotel que o partido escolheu para o efeito.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) alertou este domingo que "os votos, para serem considerados válidos, só podem conter a cruz no quadrado a seguir ao símbolo da candidatura em que o eleitor pretende votar".
Em comunicado, a CNE diz que "o boletim de voto que contenha outros elementos – por exemplo, em que tenha sido assinalado mais do que um quadrado, em que tenha sido feito qualquer corte, desenho ou rasura ou em que tenha sido escrita qualquer palavra – é considerado nulo".
Este esclarecimento surge depois de "ter chegado ao conhecimento da Comissão a divulgação de informações incorretas sobre o preenchimento do boletim de voto", esclarece a CNE.
As mesas de voto para as eleições legislativas antecipadas encerram hoje às 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, fechando uma hora depois nos Açores, devido à diferença horária.
(Lusa)
O ex-Presidente da República Cavaco Silva defendeu este domingo que votar é um dever e que, na situação que se vive no mundo, Portugal precisa de estabilidade para resolver "graves problemas".
"Cabe hoje aos eleitores decidir em consciência quem consideram mais capaz para liderar o governo de Portugal. Faço votos para que os portugueses em geral não deixem de cumprir o seu direito de votar", afirmou Cavaco Silva.
O ex-Presidente da República disse ainda que na situação internacional "muito complexa, muito incerta, muito exigente aos governantes", votar "não é apenas um direito, é um dever" e que, por isso, espera que uma "grande maioria" vote hoje.
Cavaco Silva falava aos jornalistas à saída da Escola Josefa D'Óbidos, em Lisboa, depois de "cumprir o dever" de votar, pelas 12:00, e adiantou que vai acompanhar os resultados eleitorais em casa, em família.
"Portugal precisa de estabilidade. Eu não vejo, por muito que tenho analisado e estudado, como poderá resolver os graves problemas que tem à sua frente sem estabilidade política", considerou. Principalmente, continuou, "tendo em conta a situação internacional muito complexa, muito difícil, muito exigente, exigindo a todos os governantes competência para tomar as decisões certas que se impõem num momento que é internacionalmente muito incerto".
Questionado sobre a abstenção, Aníbal Cavaco Silva disse que tem "uma forte esperança" de que a abstenção "seja menor do que nas últimas eleições", já que, no seu entender, "isso é decisivo", porque, "hoje são os portugueses que devem decidir o melhor que consideram para Portugal".
(Lusa)
Um total de 25,56% dos eleitores inscritos nas eleições legislativas de hoje votaram até às 12:00, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna.
Esta percentagem é superior à das últimas legislativas, realizadas a 10 de março de 2024, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 25,21%% dos eleitores.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores. Partindo da percentagem de 25,56% de afluência às urnas, o cálculo aponta para perto de 2,76 milhões eleitores que votaram até às 12:00.
No passado domingo, 11 de maio, mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito de voto, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela SGMAI.
Um movimento cívico de Braga queixou-se este domingo de ter sido proibido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de usar, sábado e hoje, t-shirts com apelos à ida às urnas, no âmbito da uma campanha contra a abstenção.
O coordenador do Movimento de Cidadania contra a Indiferença, Paulo Sousa, disse à Lusa estar "espantado" com a decisão da CNE e que já recorreu para tribunal.
"O apelo que fazemos nas t-shirts é em tudo idêntico ao que fez ontem [sábado] o Presidente da República e ao que estão a fazer hoje os vários líderes partidários. A própria CNE fez publicar nos jornais um anúncio em tudo idêntico. Trata-se, apenas e só, de um apelo à ida às urnas, no âmbito de uma campanha contra a abstenção que temos vindo a desenvolver", referiu.
Na parte da frente das t-shirts, está escrita a frase "No próximo dia 18, faça como eu. Vote". Nas costas, lê-se "Votar é o nosso poder. Combate a abstenção. Vota".
Paulo Sousa disse que pediu um parecer à CNE não porque tivesse dúvidas sobre a legitimidade da utilização das t-shirts, mas apenas para estar prevenido caso fosse confrontado por qualquer autoridade ou cidadão.
Na resposta, a que a Lusa teve acesso, a CNE diz que, na véspera e no dia de eleições, "a lei proíbe qualquer tipo de propaganda eleitoral, mesmo indireta". Acrescenta que, "considerando o contexto (por exemplo, pessoa associada a determinada candidatura ou ideologia política, associação a slogans utilizados por candidaturas)", as t-shirts podiam ser interpretadas "como tentativa de influenciar o voto" e, assim, violar a lei eleitoral.
Paulo Sousa diz que o movimento que lidera "é conhecido por manter uma equidistância em relação a todas as forças políticas" e que "só assim foi possível desenvolver uma intensa atividade cívica" ao longo dos seus quatro anos de existência. Por isso, o movimento já recorreu ao tribunal, solicitando ao juiz de turno na Comarca de Braga para revogar a decisão da CNE, mas ainda não obteve resposta.
(Lusa)
Luís Marques Mendes, candidato a Belém e antigo presidente do PSD, votou, este domingo, em Caxias, em Oeiras. Segundo o político, a redução da abstenção é a forma de os eleitores "terem mais estabilidade no futuro".
"Ganhe quem ganhar, vença quem vencer, acho que esta campanha não ajudou muito", considerou o candidato a Belém. Sobre os resultados, Marques Mendes afirmou que só segunda-feira é que faz declarações.
O almirante Gouveia e Melo, candidato à Presidência da República que apresenta a sua candidatura formal a 29 de maio, votou pelas 9h56 na Faculdade Nova FCSH, em Lisboa. "O que interessa é que os portugueses exerçam o seu direito de voto", afirmou o almirante aos jornalistas.
O presidente do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, votou numa escola básica do Funchal, manifestando a expectativa de que o país "desencalhe" deste contexto de instabilidade e "sobressalto político".
"A expectativa é que o país desencalhe, a gente está com um país encalhado, [...] com este sobressalto político. Eu acho que é necessário as democracias terem sistemas eleitorais que garantam estabilidade porque esta instabilidade constante desgasta o regime, desgasta os partidos", afirmou.
O chefe do executivo madeirense e líder do PSD/Madeira falava aos jornalistas após ter exercido o seu direito de voto na Escola Básica da Ajuda, no Funchal, cerca das 12:20.
Miguel Albuquerque defendeu que deve ser constituído um sistema eleitoral que tenha "uma maior ligação aos eleitores" e que "seja favorável à constituição de maiorias de governo". "Se não, estamos sempre neste sobressalto constante e nunca conseguimos ter um quadro de legislatura que é importante para o país, para os desafios que enfrenta", argumentou.
"Neste momento, parece que vivemos numa bolha, desligados do que se passa, da geopolítica mundial e da geopolítica europeia e as coisas estão a mudar muito rapidamente e nós andamos entretidos nestas campanhas a dizer que vamos dar mais dois cêntimos a este e distribuir mais dinheiro ou menos dinheiro. Isto não tem nenhum sentido", apontou Miguel Albuquerque.
O social-democrata referiu ainda que, de acordo com os dados que tem, a afluência às urnas foi, na manhã de hoje, "ligeiramente inferior" na região face ao último sufrágio, considerando que isso poderá resultar dos festejos de sábado à noite do campeonato de futebol e do facto de as pessoas estarem "um pouco saturadas" de eleições.
Violação da lei?
Entretanto, Miguel Albuquerque poderá ter violado a lei, já que divulgou este domingo um vídeo de quase dois minutos na rede social Facebook a apelar ao voto na Aliança Democrática. Segundo o Diário de Notícias, o presidente do Governo Regional da Madeira solicitou o voto com o alegado objetivo de atingir a "estabilidade" e os interesses cruciais" do arquipélago.
O vídeo foi apagado uma hora depois da sua publicação. Ainda assim, foi assistido por várias pessoas que chegaram a enviar queixas à Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O BE/Madeira apresentou uma queixa na Comissão Nacional de Eleições contra o presidente do Governo Regional, o social-democrata Miguel Albuquerque, argumentando que o governante divulgou um vídeo de apelo ao voto na Aliança Democrática (AD).
Em comunicado, a estrutura regional do partido indica que Albuquerque publicou na rede social Facebook um vídeo de propaganda política, que entretanto apagou, "num claro apelo ao voto na coligação AD". "Tal apelo e ato de propaganda política no dia de eleições constitui uma violação grosseira da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, agravada ainda mais por ter sido proferida por um alto titular de cargo político", afirma o BE.
Um total de 48,28% dos eleitores inscritos nas eleições legislativas deste domingo votaram até às 16:00, segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI) no website que permite acompanhar a afluência às urnas.
Esta percentagem é inferior à das últimas legislativas, realizadas a 10 de março de 2024, quando a afluência média às urnas à mesma hora se estimava em 51,96% dos eleitores.
Partindo desta percentagem de quase 50% de afluência às urnas até às 16:00, o cálculo aponta para perto de 5,5 milhões de eleitores votantes até às 16:00. No passado domingo, mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito de voto, correspondendo a uma afluência de 94,45%.
O Presidente da República fez novo apelo à participação dos portugueses nas eleições legislativas antecipadas deste domingo e afirmou que tenciona convocar os partidos na segunda-feira, para os ouvir "calmamente, serenamente" ao longo da semana.
Marcelo Rebelo de Sousa saiu a pé do Palácio de Belém, em Lisboa, perto das 17:00, e falou à RTP na Calçada da Ajuda, insistindo no apelo à participação eleitoral que fez no sábado, na habitual comunicação ao país em vésperas de eleições. "Quem puder, ainda são cinco da tarde, tem uma hora e meia, duas horas para votar. E eu insisto muito em que as pessoas que possam votar e queiram votar não percam a oportunidade", declarou.
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