Ventura diz que "nunca será força de bloqueio" mas garante que tem alternativa de Governo

André Ventura acredita que o Chega será o partido líder da oposição, ficando à frente do PS e aguarda ainda a contagem final com os votos do círculo da emigração. Depois da audiência com o Presidente da República garantiu que tem "pronto" uma alternativa de Governo caso seja necessário
Tiago Petinga/Lusa
Paulo Ribeiro Pinto 20 de Maio de 2025 às 18:24

O presidente do Chega acredita que vai ser o segundo partido mais votado, liderando a oposição, garante que não vai ser "força de bloqueio", mas assume que tem "pronta" uma "alternativa de governo" caso seja necessário. Por esclarecer ficou se o partido vai ou não viabilizar um governo da AD.

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André Ventura foi recebido esta terça-feira pelo Presidente da República depois das eleições legislativas antecipadas do passado domingo que deram a vitória à Aliança Democrática (AD) e provocaram uma hecatombe no apoio eleitoral do Partido Socialista.

"O Chega nunca será uma força de bloqueio", sublinhou aos jornalistas, acrescentando que o partido, a confirmar-se, será "o líder da oposição e na próxima semana veremos com os resultados finais". André Ventura anunciou que se "comprometeu a ter uma nova conversa" com Marcelo Rebelo de Sousa depois de se conhecerem os dados dos círculos externos.

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André Ventura defende que "o Chega deve ser líder da oposição, deve ter um governo alternativo pronto, pronto para governar a qualquer momento, caso os portugueses sejam chamados às urnas", não dando mais detalhes sobre o que representa em concreto esta posição. "Assumiremos o nosso estatuto de líder da oposição, mas não deixaremos que o país caia numa nova crise política e procuraremos ser um farol e um garante da estabilidade em Portugal (...), mas não a qualquer custo".

Nestas declarações, apontou "linhas vermelhas" do que poderá ser o apoio a um Executivo da AD: "A luta contra a corrupção é para nós um pilar fundamental da nossa ação política, o combate a um país de portas abertas e uma imigração descontrolada é para nós um pilar fundamental da nossa ação política, e o combate à subsídio-dependência que tem destruído grande parte do tecido social, atribuindo subsídios a quem não precisa deles, permitindo que algumas minorias vivam à conta de subsídios."

O Presidente da República começou esta terça-feira a receber os partidos com assento parlamentar, tendo ouvido o PSD, o PS e o Chega. Esta quarta-feira recebe a Iniciativa Liberal às 11:30 e o Livre às 17:00, faltando marcar o PCP, Bloco de Esquerda, PAN e JPP, que elegeu pela primeira vez para a Assembleia da República.

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(Notícia atualizada às 18:45)

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