Espanhóis entram no capital de dono português de quatro hospitais e seis clínicas
Em Coimbra, na porta número 8 da Avenida Emídio Navarro, abria, em 1953, a Casa de Saúde de Santa Filomena. Na altura, era a primeira unidade de saúde na cidade com bloco operatório e internamento e era também onde nascia o primeiro capítulo da história da Sanfil Medicina, marca da Global Health Company (GHC) S.A.
Agora, prestes a comemorar as bodas de diamante, a Sanfil expandiu o número de unidades clínicas e hospitalares para além da cidade académica. Ao todo, são três hospitais e seis clínicas, divididas por Coimbra, Leiria, Alcobaça, Cantanhede, Lousã e Pombal.
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O GHC abrange ainda duas subsidiárias com uma oferta diversificada, desde a medicina geral a especialidades como a medicina nuclear e a diálise, com as marcas Diaton e Nefrovida, respetivamente.
Agora, o grupo de saúde português ganha um novo fôlego com um novo sócio estrangeiro. Um fundo da capital de risco espanhola MCH Private Equity entrou oficialmente no setor da saúde em Portugal com a compra de uma participação minoritária no grupo português, que opera principalmente na região centro do país.
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De acordo com o El Confidencial, a operação está ainda sujeita à aprovação da Autoridade da Concorrência e representa uma viragem no percurso do grupo português, que até agora tinha o BBT Investimentos como único acionista.
Os valores da operação ainda não foram revelados mas, segundo o jornal espanhol, “a avaliação do grupo hospitalar poderia situar-se numa faixa entre os 100 e 150 milhões de euros, considerando também o seu nível de endividamento”.
Espera-se que esta entrada se traduza num novo ciclo de expansão. Alguns dos planos já estão em curso, como a construção de um novo hospital em Beja, a abertura de vários centros de diálise e o alargamento das unidades hospitalares de Coimbra e Leiria.
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Para além disso, o grupo também tem como objetivo chegar a outras regiões do país. O El Confidencial menciona também que a Sanfil Medicina “mantém um interesse estratégico na área da saúde assistencial” e está a impulsionar a entrada no setor da saúde mental.
Em termos financeiros, o grupo português tem uma faturação anual de 67 milhões de euros e gera um EBITDA de oito milhões, afiança o El Confidencial. Já o MCH Private Equity, tem mais de 1.800 milhões de euros de ativos sob gestão e tem reforçado a sua presença nos setores farmacêutico e de saúde pela Península Ibérica.
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