Governo quer pais a assumir responsabilidade escrita por não vacinação dos filhos
O Ministério da Saúde quer que os pais se responsabilizem formalmente pela não vacinação dos seus filhos, provavelmente através de um documento escrito – a "possibilidade mais prática" –, isto já depois de garantir "um elevado grau de informação" que "torne claras as consequências da opção pela não-vacinação não apenas no plano individual mas também no plano comunitário".
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Este sistema poderá avançar já no próximo mês, diz Adalberto Campos Fernandes, em entrevista ao Público, na qual defende o "reforço da cooperação entre o sector da saúde e os múltiplos parceiros sociais, com particular enfoque numa parceria reforçada com a comunidade educativa, envolvendo as famílias e as escolas". Existirão campanhas de informação duas vezes por ano, acrescenta ainda.
Do ponto de vista da distribuição o ministro, que hoje a apresenta o novo Plano Nacional de Vacinação, diz que "temos a rede nacional do SNS [Serviço Nacional de Saúde], com centros de saúde muito eficientes e próximos das famílias", mas que verá como "uma oportunidade" a possibilidade de estabelecer acordos com o sector privado e social, com o objectivo de melhorar a "capacidade de distribuição no território, dos pontos de oferta, dos horários". "Por exemplo, adaptar os horários às necessidades das famílias, nomeadamente em zonas urbanas e com casais jovens", detalha.
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O responsável pela pasta da Saúde avança ainda que é uma prioridade para o executivo garantir uma "aplicação integrada de governação da vacinação em Portugal", com uma aposta "muito forte" no boletim de vacinação electrónico. A ideia é conseguir que "se alguém foi vacinado numa unidade privada, quando regressa ao SNS essa informação está completamente partilhada"; e criar, em 2018, um sistema inovador em que todo o circuito de distribuição logística passa a ser feito de uma forma centralizada para garantir que vacina administrada é vacina reposta e que não existem falhas de abastecimento ou de distribuição".
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