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PS quer saber de que lado está PSD na questão da TSU

A secretária-geral adjunta socialista diz não se compreender que "o PSD tenha hoje, mais uma vez, uma atitude de desrespeito pela concertação social e uma atitude de falta de consideração pelo diálogo que foi atingido junto dos parceiros sociais".

conferência de líderes parlamento ana catarina mendes
conferência de líderes parlamento ana catarina mendes Miguel Baltazar/Negócios
15 de Janeiro de 2017 às 22:11

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, afirmou este domingo, 15 de Janeiro, que até ao próximo debate parlamentar é preciso saber de que lado está ao PSD e que caminho quer trilhar o partido que acusa de desrespeito pela concertação social.

"O que está em causa neste momento é saber de que lado está o PSD, se está a favor de um acordo e do respeito pela concertação social", afirmou Ana Catarina Mendes, sublinhando que num "acordo é sempre preciso uma negociação e que fique a contento de todas as partes".

Questionada pela Lusa sobre a advertência do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, de que o PS não contará com o seu voto caso os partidos que completam a maioria de esquerda peçam a apreciação parlamentar do diploma que reduz a Taxa Social Única (TSU) das empresas, a secretária-geral adjunta do PS disse não se compreender que "o PSD tenha hoje, mais uma vez, uma atitude de desrespeito pela concertação social e uma atitude de falta de consideração pelo diálogo que foi atingido junto dos parceiros sociais".

A descida da TSU está prevista no acordo de concertação social que consagrou o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), mas tanto o Bloco de Esquerda como o PCP admitiram levá-la ao parlamento, caso o Governo insista na redução da Taxa para as empresas como forma de compensá-las pelo aumento do SMN."

"Até ao próximo debate parlamentar é preciso perceber que caminho quer o PSD trilhar", e se, ao contrário do PS que " esteve sempre do mesmo lado, sempre a favor do diálogo social, do valor da concertação social e dos seus parceiros sociais", o PSD "vai agora deitar fora aquilo que já no passado afirmou", disse.

Ana Catarina Mendes falava à agência Lusa, à margem da apresentação do candidato socialista, Luis Patacho à câmara das Caldas da Rainha, nas próximas eleições autárquicas.

Perante dezenas de militantes e simpatizantes do partido a secretária-geral adjunta do PS, lembrou a "cambalhota" de Pedro Passos Coelho "sobre aquilo que é o papel da concertação social", para questionar " que políticos são estes, que oposição é esta, e que serviço presta à democracia?".

Em 2014, recordou, Pedro Passos Coelho "afirmava que o que é bom para os parceiros sociais é bom para os partidos políticos". Agora, reforçou, "é preciso perguntar o que mudou entre 2014 e 2017", considerando que, "certamente o que mudou é [o PSD] não gostar de ver o aumento do salário mínimo", concluiu.

O acordo obtido pelo Governo socialista e parceiros em Dezembro na concertação social, à excepção da CGTP, prevê uma subida do Salário Mínimo Nacional para 557 euros e a descida da Taxa Social Única em 1,25 pontos percentuais.

A candidatura de Luis Miguel Patacho foi a primeira a contar com a presença da secretária-geral adjunta do PS.

Advogado e ex-presidente da concelhia local, o cabeça de lista apresentou hoje as principais linhas da candidatura com que disputará a autarquia das Caldas da Rainha com o actual presidente, Fernando Tinta Ferreira (PSD), o único candidato já assumido.

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