Grupo do Velhotes encaixa oito milhões no turismo
As contas ainda não estão totalmente fechadas, mas a Sogevinus estimou ao Negócios que a faturação do grupo que detém as marcas Cálem, Kopke, Barros e Burmester rondou os 40 milhões de euros em 2018. Isto é, manteve o mesmo volume de negócios face ao ano anterior, apesar do impulso reclamado nas receitas turísticas.
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No final de um ano em que contratou um novo diretor-geral à cervejeira Bavaria – Sergio Marly Caminal trocou Barcelona por Vila Nova de Gaia em abril –, a companhia viu o turismo reforçar o peso relativo até valer 20% das vendas totais. Feitas as contas aos valores realizados nas caves de vinho do Porto, na loja própria e com eventos sociais e corporativos, neste segmento angariou cerca de oito milhões de euros.
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A unidade da Cálem, marca que tem a referência de vinho do Porto mais vendida no mercado nacional (Velhotes), recebeu 250 mil visitantes no ano passado e continua a ostentar o título de cave mais concorrida. A larga distância das 100 mil pessoas que passaram pela Burmester, acabou por beneficiar com o novo museu, inaugurado em setembro de 2017 e apresentado como "o mais tecnológico e avançado centro de visitas" no centro histórico gaiense.
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França, Espanha e Brasil foram os principais países de origem dos turistas nas caves do grupo que detém 360 hectares de vinhas nas três sub-regiões demarcadas do Douro e que produz uma média anual superior a oito milhões de garrafas (7 de Porto e 1,2 milhões de DOC Douro). Mais de metade da produção é exportada para 60 países, sendo que a Kopke, catalogada como a mais antiga marca de vinho do Porto do mundo, é a principal "bandeira" nos mercados internacionais.
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Crescer até ter de encolher
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Detida a 100% pelos espanhóis da Abanca (grupo Banesco), a Sogevinus é a herança portuguesa da aventura vitivinícola iniciada em 1998 pela Caixanova com a compra de 24% do grupo que detinha a Cálem (tomou controlo total em 2003). Seguiram-se as compras da Burmester, ao grupo Amorim, e da Quinta de Arnozelos, em 2005. No ano seguinte investiu 50 milhões de euros na compra da Barros, Almeida & Companhia, que incluía a Kopke.
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Já nesta década, sob o comando do galego Gonzalo Pedrosa, que ocupou a presidência entre novembro de 2011 e junho de 2017, este grupo vitivinícola atravessou um processo de reestruturação que envolveu dezenas de despedimentos, a renegociação da dívida e o encolhimento de estruturas operacionais, como os centros de engarrafamento.
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