BES investe cerca de 200 milhões de euros na Ongoing
"Todas as nossas aplicações foram submetidas ao comité de investimentos do banco", disse ao jornal referido fonte oficial do BES, quando confrontada com a "injecção" de liquidez entre 180 e 200 milhões de euros em veículos de capital risco detidos pela Ongoing International (o braço financeiro da Rocha dos Santos Holding, da família de Nuno Vasconcellos, e que detém 49,9% da Ongoing SGPS).
O mesmo responsável escusou-se a tecer outros comentários sobre a operação envolvendo a Ongoing, accionista do BES com uma posição não qualificada (inferior 2%).
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Fica por esclarecer se as verbas aplicadas nos veículos da Ongoing, e tendo em conta a sua natureza de hedge funds, vão ser canalizadas para a compra da Media Capital, acrescenta o “Pùblico”.Ao aplicar verbas nas sociedades de private equity geridas e detidas pela Ongoing, o BES permite a Nuno Vasconcellos utilizar esses veículos para se posicionar em futuros investimentos sem necessidade de se endividar directamente junto da banca. Recorde-se que a Ongoing contraiu no ano passado um financiamento junto do grupo liderado por Ricardo Salgado no valor de 196,8 milhões de euros.
Este investimento segue-se, de resto, ao da Portugal Telecom. De acordo com uma notícia publicada na semana passada pelo Negócios, a PT entrou em fundos geridos pela Ongoing com um investimento de 75 milhões de euros através dos seus fundos de pensões.
A operadora garantiu na altura que o valor investido não serviu para financiar a compra por parte da Ongoing de uma posição na Media Capital.
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Já esta semana a Ongoing garantiu que tem capacidade financeira suficiente para comprar sozinha a participação de 35% da Media Capital, assegurando não ter recebido qualquer investimento da Portugal Telecom ou de empresas do universo da operadora de telecomunicações.
No entanto, ainda ontem a CGD, que controla 7,28% da operadora, questinou (segundo avançou também o Público) os investimentos de 75 milhões de euros feitos pela Portugal Telecom (PT) em fundos geridos pela Ongoing.
Segundo a mesma fonte, a CGD entende que as aplicações que foram canalizadas pela PT Prestações (PTP) deveriam ter passado pelo crivo do comité de investimentos da empresa, o que não aconteceu.
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