Corticeiros convocam greve de quatro dias por "aumento digno dos salários"
Os trabalhadores corticeiros decidiram avançar para uma greve de quatro dias, a partir de quarta-feira, pelo "aumento digno dos salários", anunciou a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM).
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"Em comunicado, enviado às redações, a organização sindical indica que a greve, a realizar por turnos, entre 12 e 15 de julho afeta as empresas Amorim Subertech, Amorim Cork Flooring, Granorte - Revestimentos de Cortiça, Socori - Sociedade de Cortiças de Riomeão, Amorim Champcork, Amorim Cork e Amorim Cork Composites.
"A Corticeira Amorim somou lucros de mais de 98 milhões de euros em 2022 e no primeiro trimestre já acumulou lucros líquidos de quase 24 milhões de euros, ou seja, cerca de 8 milhões de lucros líquidos por mês", mas apesar de "tanta riqueza criada, teimam em não querer aumentar devidamente os salários, num setor em que a maioria dos trabalhadores tem um salário base mensal de apenas 868 euros", lamenta o sindicato.
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Num quadro em que "a inflação não para de aumentar" e "os custos com a habitação continuam a disparar", "a proposta patronal de 58 euros para os salários e 50 cêntimos/dia para o subsídio de refeição é uma desconsideração para os trabalhadores e representa uma perda real do seu poder de compra", observa a FEVICCOM, indicando que, por isso, os trabalhadores corticeiros, em conjunto com o seu sindicato, decidiram demonstrar o seu desagrado e a sua exigência de maiores aumentos salariais, através da greve".
A próxima reunião de negociações realiza-se na próxima sexta-feira, dia 14, na sede da associação patronal (APCOR), em Santa Maria de Lamas, com o sindicato a exigir que "a voz e a razão dos trabalhadores seja ouvida e considerada, pois há riqueza bastante no setor para a distribuir condignamente por quem a produz".
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