Espanha admite tomar "medidas" se a Argentina nacionalizar a YPF

"Qualquer agressão contra a Repsol, que viole os princípios jurídicos, será considerada uma agressão contra o governo espanhol, que tomará as medidas oportunas." Foi desta forma que o governo espanhol reagiu à possibilidade da Argentina nacionalizar a YPF, detida pela Repsol.
Ana Luísa Marques 13 de Abril de 2012 às 15:58

De acordo com o "El País", o ministro não especificou a que medidas se referia por ainda acreditar numa solução negociada entre as duas partes. "O pior dos cenários – e não apenas em termos económicos - seria uma ruptura das relações fraternais que os dois países mantêm há décadas", afirmou José Manuel García-Margallo citado pelo jornal espanhol.

A vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, reiterou as palavras de García-Margallo não especificando, igualmente, que medidas serão adoptadas. "As medidas não se anunciam, adoptam-se", disse no final da reunião do Conselho de Ministros.

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De acordo com o "El País", o "Governo [espanhol] já activou todos os canais diplomáticos para exercer pressão sobre Buenos Aires". "O assunto já foi abordado com a administração norte-americana – através do embaixador em Madrid, Alan Solomont, e do Departamento do Estado – com o México – que ocupa actualmente a presidência do G20, com a Colômbia – país anfitrião da Cimeira das Américas – e com a União Europeia", escreve o jornal espanhol.

Os rumores de que a Argentina quer nacionalizar a filial argentina da Repsol não são novos mas acentuaram-se esta quinta-feira depois do jornal "Clarín" ter noticiado que o governo liderado por Cristina Kirchner já enviou aos deputados um decreto-lei que define "a utilidade pública da YPF", estando a empresa sujeita à expropriação.

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