Espanhola Plenergy traz combustível low-cost com investimento de 17 milhões

Empresa espanhola quer um posto de abastecimento em cada distrito e vende combustível entre 15 a 20 cêntimos por litro abaixo dos preços da concorrência. Até setembro, está prevista a abertura de quatro novos postos.
Plenergy expande postos de combustível low-cost em Portugal, com foco em preços acessíveis e sustentabilidade
D.R
João Silva Jesus 17 de Junho de 2025 às 11:54

Foi em 2015, em Madrid, que a Plenergy, antigamente Plenoil, abriu o primeiro posto de abastecimento de baixo custo. Com poucos trabalhadores e um atendimento focado na rapidez através da automatização dos serviços, a empresa foi crescendo e destacando-se no seu setor de mercado. Dez anos depois e com mais de 300 postos abertos, é agora a maior operadora de combustíveis low-cost em território espanhol, fator que impulsionou o crescimento para Portugal, pela proximidade geográfica, cultural e pela "necessidade de um concorrente a um preço mais baixo".

A Plenergy atua em Espanha continental e ilhas. Desde dezembro, iniciou o seu plano de expansão para solo português, com a . Pouco mais de seis meses passados, a gigante espanhola já tem presença em Viana do Castelo, no Cartacho, Vila Nova de Gaia, Paços de Ferreira e em Santa Maria da Feira, sendo este último o maior investimento em Portugal e o único posto com zona de lavagem de carros automática.

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De acordo com Tiago Preguiça, diretor de expansão e relações institucionais para Portugal da Plenergy, espera-se também a abertura de uma nova bomba de gasolina na Trofa, ainda em julho. As empreitadas para novos postos, a abrir até setembro, estão “prestes a começar” em Matosinhos, Abrantes, Loures e na Póvoa do Varzim, o que perfaz um total de onze postos de abastecimento de um objetivo de quinze até ao final de 2025. Nos sete postos em atividade, foi investido um total de 10 milhões de euros mas, de acordo com Tiago Preguiça, a expectativa é, até ao final do ano, de investir “entre 15 a 17 milhões com a abertura nas novas geografias e chegar até às 40 unidades em 2026”, altura em que também esperam criar 61 postos de trabalho.

Normalmente, as obras são “rápidas”, com duração de 2 a 3 meses. Em comparação com as grandes gasolineiras, a Plenergy vende combustível entre 15 a 20 cêntimos por litro abaixo dos preços praticados. Como se concretiza? Tiago Preguiça explica que, para além de comprarem 100% do combustível em Portugal e controlarem totalmente a operação, o menor investimento no terreno, a consequente rapidez das obras e a menor contratação de trabalhadores dado o máximo de automatização nos postos são os fatores que abatem no preço, que “se for preciso, é atualizado todos os dias” para serem o melhor preço na região em que se localizam. As estações não possuem lojas de conveniência nem turnos noturnos.

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Em Portugal, o crescimento tem sido “orgânico”, com as vendas entre 10 a 15% acima do esperado em “apenas seis meses de atividade”. De acordo com o diretor de expansão e relações institucionais português, as bombas de combustível de Vila Nova de Gaia e de Viana do Castelo, abertas em janeiro e abril, são aquelas que mais se têm destacado. O objetivo da empresa é, até 2026, ter “entre 35 a 40 estações abertas em Portugal” e, pelo menos, uma estação aberta em cada distrito. Até agora, a Plenergy tem um total de 50 projetos em desenvolvimento em território nacional. Ainda não há previsão para estreia nas ilhas.

A adaptação do modelo espanhol para o português tem sido “praticamente literal”. O único fator em falta, de acordo com Tiago Preguiça, é a adaptação das bombas de gasolina a alternativas energéticas sustentáveis. “Em Espanha, cada estação possui painéis fotovoltaicos que alimentam entre 60 a 80% dos estabelecimentos”, refere, para além da obrigação de terem a possibilidade de carregamento elétrico. Em Portugal, a instalação dos painéis está a avançar “em todas as estações” para se tornarem autossustentáveis. Quanto aos carregadores elétricos, a empresa faz a pré-instalação dos mesmos e acede a pedidos dos municípios caso necessário.  

Ainda com baixa participação portuguesa no fecho de contas do ano passado, a Plenergy faturou 1.550 milhões de euros, com um total de 1.385 milhões de litros de combustível vendidos. Por mês, registam a passagem de 3,5 milhões de clientes pelos seus postos de abastecimento.

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