O Köln Concert, do pianista Keith Jarrett, é uma das maiores peças de improvisação da história do jazz – uma hora de glória desenfreada, apresentada sem partitura ou plano. Mas a conquista de Jarrett não deveu nada ao acaso. Pelo contrário, foi o resultado de milhares de horas de repetições entediantes – escalas intermináveis que aperfeiçoaram os reflexos e a memória muscular do pianista. Os génios da improvisação dependem do domínio, que por sua vez vem da prática. Não estão apenas a improvisar.