Grupo chinês Xiaomi estreia-se no setor dos automóveis elétricos

O lançamento do SU7 segue-se à publicação na terça-feira de um lucro anual recorde em 2023 da campeã dos veículos elétricos BYD, sediada em Shenzhen, no sudeste da China.
Xiaomi china
Reuters
Lusa 28 de Março de 2024 às 11:12

O grupo chinês Xiaomi, que há anos prepara a entrada no setor automóvel, lançou esta quinta-feira o seu primeiro carro elétrico na China, onde se trava uma intensa guerra de preços entre dezenas de fabricantes.

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A Xiaomi é uma das principais marcas chinesas de telemóveis, dispositivos com ecrã tátil, relógios conectados, auscultadores ou motos elétricas.

Com sede em Pequim, o grupo anunciou em 2021 que ia entrar no mercado dos veículos elétricos, onde muitas marcas chinesas estão a desafiar os principais fabricantes alemães, norte-americanos e japoneses.

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O grupo lançou o Xiaomi SU7, cujo desenho faz lembrar um carro desportivo de luxo e está equipado com um sistema de som que "recria a emoção de conduzir um carro desportivo", afirmou a marca.

"Arrisco a minha reputação", com este modelo, avisou o chefe do grupo, Lei Jun, na rede social X (antigo Twitter).

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A Evergrande NEV, uma subsidiária do grupo imobiliário que enfrenta um processo de insolvência, deu a si própria "três a cinco anos", quando foi fundada em 2019, para se tornar o fabricante "mais poderoso" de carros elétricos do mundo.

A sobrevivência da marca está agora em jogo, enfraquecida pelos problemas da empresa-mãe e pelas fracas vendas.

A Xiaomi ainda não divulgou o preço do automóvel, mas o patrão tinha referido um preço inferior a 500 mil yuan (cerca de 64 mil euros).

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Os analistas disseram esperar que o preço seja metade desse valor.

"A faixa entre 200 mil e 250 mil yuan é atualmente a mais competitiva na China para os veículos elétricos", sublinhou Johnson Wan, analista do banco de investimento Jefferies, citado pela agência Bloomberg.

O lançamento do SU7 segue-se à publicação na terça-feira de um lucro anual recorde em 2023 da campeã dos veículos elétricos BYD, sediada em Shenzhen, no sudeste da China.

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O mercado de veículos elétricos chinês expandiu-se a uma velocidade vertiginosa nos últimos anos, impulsionado em particular pelos subsídios à compra, que expiraram no final de dezembro de 2022.

Para acompanhar o abrandamento económico, dezenas de fabricantes locais lançaram uma guerra de preços na China, que arrisca comprometer a sua rentabilidade.

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