Instituto Português de Corporate Governance prepara recomendações para empresas públicas

O presidente do IPCG, João Moreira Rato, indica que estas diretrizes estão a ser preparadas e serão apresentadas não só ao novo Governo como aos grupos parlamentares.
Instituto Português de Corporate Governance prepara recomendações para empresas públicas
Leonor Mateus Ferreira 02 de Junho de 2024 às 11:00

O Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) está a preparar um conjunto de recomendações de boas práticas de governação para as empresas públicas. Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, o presidente da direção do IPCG João Moreira Rato revela que esta proposta para o setor empresarial do Estado está a ser trabalhada e que pretende entregá-la ao Governo.

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Desde 2018 que está em vigor o Código de Governo das Sociedades do IPCG, que é alvo de monitorização anual. O último relatório, referente a 2022, foi apresentado no final do ano passado e abrange 36 empresas, incluindo as 16 que integram o índice PSI, bem como uma empresa não cotada. O grau de acolhimento das 53 recomendações (desdobradas em 74 subrecomendações) ascendeu a 83%, o que compara com 79% no ano anterior.

"A adesão às recomendações do código que as empresas implementaram tem vindo a crescer. Não há dúvida que tem havido um crescimento e uma evolução positiva ao longo do tempo", refere o economista, sublinhando que "ainda há áreas áreas onde se nota um défice", como é o caso dos administradores independentes.

Moreira Rato diz ambicionar que outras empresas não cotadas possam aderir à aplicação do código, tal como o Estado. O economista considera que o setor público está "muito mais atrasado" do que o privado no que diz respeito à governação e considera que, se existissem regras definidas, não aconteceriam casos como o da TAP, com membros do Executivo a falarem diretamente com membros do conselho de administração.

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