Metade dos comboios suprimidos até às 8:00 devido a greve dos maquinistas

Do total de 153 comboios programados para este sábado, 77 foram suprimidos, afetando em primeiro lugar as viagens de longo curso,
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Lusa 10 de Maio de 2025 às 12:24

A greve dos maquinistas ao trabalho suplementar afetou em 50,3% a circulação de comboios prevista para o período das 00:00 às 08:00 deste sábado, principalmente de longo curso, que registou 90% de supressão, disse fonte da CP.

Do total de 153 comboios programados para hoje, 77 foram suprimidos (50,3%), afetando em primeiro lugar as viagens de longo curso, com apenas uma das 10 viagens previstas a realizar-se, de acordo com um primeiro balanço feito à Lusa.

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O presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), António Domingues, explicou à Lusa que "estas supressões são ainda reflexo da greve" de sexta-feira (total, sem serviços mínimos) e que a CP irá repondo ao longo do dia "à medida que os trabalhadores se vão apresentando".

"Um trabalhador deveria ter-se apresentado ontem [sexta-feira] para uma viagem até Faro e não se apresentou, por exemplo. Hoje, não estava em Faro para fazer o regresso", explicou, acrescentando que as supressões tendem a diminuir ao longo do dia até se tornarem pontuais, porque a greve abrange apenas o trabalho suplementar.

Ainda de acordo com os dados da CP, durante a manhã, os comboios mais afetados, a seguir aos de longo curso, foram os regionais, com uma taxa de supressão de 81,6%, tendo sido suprimidos 40 dos 49 previstos.

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No que respeita aos comboios urbanos, circularam, em Lisboa, 42 de 59 previstos, no Porto, 21 de 30, e em Coimbra, três de cinco, o que se traduz em percentagens de supressão na ordem dos 28,8%, 30% e 40%, respetivamente.

O SMAQ convocou uma greve entre hoje e quarta-feira, abrangendo apenas o trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal.

De quarta-feira, 7 de maio, até sexta-feira, vários sindicatos, incluindo o SMAQ, estiveram em greve, sendo que nesse caso não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.

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O SMAQ exige o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que "o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação".

A partir de domingo começa uma nova paralisação, também até quarta-feira, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), dos revisores e trabalhadores de bilheteiras.

Esta greve é parcial, decorrendo entre as 05:00 as 8:30 de segunda-feira e terça-feira, sendo que no domingo e na quarta-feira a greve só afeta os comboios de longo curso de forma residual, segundo aquele sindicato.

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