Pescanova admite ter detectado “discrepâncias” nas contas
O regulador espanhol revelou, esta terça-feira, dia 12 de Março, que está a investigar se houve abuso de mercado por parte da empresa, da administração ou de outras pessoas envolvidas. Isto no âmbito do pedido de renegociação da dívida com os seus credores.
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A CNMV, regulador do mercado espanhol, emitiu uma nota onde revela que “perante os acontecimentos recentes e as informações publicadas nos últimos dias em relação a factos relevantes publicados pela Pescanova a 28 de Fevereiro e 1 de Março, tendo-se informado neste último que a empresa tinha apresentado pré-concurso de credores para a renegociação da sua dívida”, o regulador abriu “uma investigação para determinar a existência de possíveis indícios de comportamentos de abuso de mercado por parte da empresa, dos seus administradores ou de terceiros”.
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Numa declaração emitida mais tarde, a presidente da CNMV, Elvira Rodríguez, afirmou que “a única coisa que pedimos é que se apresentem as contas de acordo com a normativa da CNMV. Tem de se cumprir com umas obrigações de informação e quando não se cumprem abrimos uma investigação e se virmos que há uma infracção seguimos em frente”, acrescentou a responsável citada pela imprensa espanhola.
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A Pescanova já reagiu, emitindo um comunicado, onde admite que identificou “discrepâncias” e que está a rever as contas, garantindo que assim que identificar os números exactos tornará os dados públicos.
“Informamos que detectámos discrepâncias entre a nossa contabilidade e os números da dívida bancária, discrepâncias que podem ser significativas” e, por isso, “estamos em processo de revisão e conciliação”, afirma a empresa em comunicado.
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A Pescanova pediu “a assistência dos auditores, BDO Auditores, para avaliar e contrastar as ditas discrepâncias o mais rapidamente possível”.
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“No momento em que soubermos exactamente o montante das discrepâncias será comunicado imediatamente à CNMV”, acrescenta o comunicado.
As acções da Pescanova estão suspensas de negociação. Antes de ter sido decretada a suspensão, as acções seguiam a cair 19,26% para 5,91 euros, tendo chegado a perder mais de 34%.
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