PJ investiga negócios ligados à contratação de aviões para combater fogos

A PJ e o Ministério Público têm em curso duas investigações sobre contratos de aquisição de aeronaves para apurar se existe concertação de preços entre as concorrentes. Em Espanha, Itália e Chile também há suspeitas, escreve o JN.
Cofina Media
Negócios 05 de Setembro de 2017 às 15:00

A justiça portuguesa tem em curso duas investigações a alegadas irregularidades nos concursos de aquisição e manutenção de aeronaves de combate aos fogos, que estão ligadas e também partilham do facto de estarem ambas longe do fim. Essas empresas estão a ser investigadas em Espanha desde 2015 no caso "cartel do fogo". De acordo com o Jornal de Notícias, as autoridades portuguesas deverão seguir o mesmo guião que os espanhóis.

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As autoridades do país vizinho investigam um grupo onde se destaca a empresa Avialsa, ladeada Faasa, Espejo, Martinez Ridao, Cegisa e Inaer (que entretanto passou a chamar-se Babcock). Este grupo combinaria alegadamente os preços das propostas, inflacionando o valor dos concursos ou deixando-os desertos, para subir o preço-base.

 

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Em Portugal também deverá ser investigada a Agro-Montiar, de Tondela, que ganhou contratos e os sub-contratou à Avialsa. Em 2014 beneficiou de um ajuste directo de 1,8 milhões de euros, sem IVA, por despacho de um director da Protecção Civil, que foi autorizado pelo então ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. No ano seguinte, a mesma empresa venceu um concurso no valor de cinco milhões de euros para ceder duas aeronaves.

 

O outro inquérito já levou a buscas em 2016 à empresa Everjets, devido à manutenção dos helicópteros Kamov.

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A Faasa surge no processo Operação Labirinto, ligado aos vistos gold, quando Miguel Macedo entregou, três meses antes da abertura do concurso, o caderno de encargos a um amigo e empresário, Jaime Gomes, que estava ligado à empresa espanhola, prossegue o JN.

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