PT obtém lucros de 5.672 milhões de euros em 2010
A operadora liderada por Zeinal Bava beneficiou sobretudo com a mais-valia obtida com a venda da posição na Vivo aos espanhóis da Telefónica. O negócio foi fechado por 7.500 milhões de euros, tendo a PT recebido já 5.500 milhões de euros.
Para as contas serem comparáveis, a PT ajustou os resultados dos últimos exercícios, de forma a reflectir a Vivo como operação descontinuada. Nestes termos, as receitas da PT aumentaram 0,2% para 3.742 milhões de euros e o EBITDA desceu 4,2% para 1.492 milhões de euros.
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Os resultados ficaram em linha com as estimativas, sendo que os indicadores operacionais ficaram ligeiramente acima. As previsões de nove casas de investimento apontavam para lucros de 5.676 milhões de euros, um EBITDA de 1.469 milhões de euros e receitas de 3.727 milhões de euros.
A PT beneficiou fortemente no ano passado com a venda da Vivo, mas outros factores penalizaram as contas e a comparação. No ano passado a PT gastou 146 milhões de euros com o programa de redução de efectivos, uma forte subida face aos 15 milhões de euros gastos em 2009. E em 2009 tinha ganho 456 milhões com empresas associadas (devido sobretudo à venda da Medi Telecom) enquanto no ano passado esta rubrica ficou-se pelos 142 milhões de euros. Já o lucro atribuível a interesses minoritários aumentou 43 milhões de euros para 148 milhões de euros em 2010.
Tendo em conta apenas o quarto trimestre, os lucros desceram 82,5% para 54,5 milhões de euros, o EBITDA baixou 4,6% para 362,5 milhões de euros e as receitas desceram 1,2% para 949,7 milhões de euros.
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TMN baixa receitas e EBITDA mas melhora margem
A Portugal Telecom destaca o contributo das actividades internacionais para a prestação das receitas em 2010, nomeadamente a MTC, na Namíbia, a Timor Telecom e a Dedic / GPTI. Em Portugal as receitas desceram 3,6%, uma queda que a empresa justifica com menores vendas de equipamentos e menores receitas de cliente na TMN, entre outros itens, e que reflectem também as “condições económicas adversas”.
As receitas na rede móvel desceram 8,6% em 2010, uma queda bem superior à verificada na rede fixa (-1%). O activos internacionais, numa base pro-forma, aumentaram as suas receitas proporcionais em 19,6% para 616 milhões de euros.
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A queda no EBITDA é justificada pela prestação na unidade móvel e fixa. A TMN reduziu o EBITDA em 5,3% para 638,1 milhões de euros, conseguindo ainda assim melhorar a margem uma vez que a queda nas receitas foi mais acentuada. Na rede fixa a queda foi ligeiramente superior (-6,8%) e na actividade internacional subiu 0,8%.
A margem EBITDA global da PT desceu de 41,7% em 2009 para 39,9% no ano passado.
A PT chegou ao final de 2010 com uma dívida líquida de 2,1 mil milhões de euros, uma redução de 56% devido ao encaixe com a venda da Vivo. Esta descida permitiu à PT reduzir os juros pagos para 185 milhões de euros, apesar de aumento no custo médio da dívida de 4,3% em 2009 para 4,4% em 2010. A dívida líquida corresponde agora a 1,4 vezes o EBITDA, contra um rácio de 3,1 em 2009.
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No ano passado o investimento da PT foi de 798 milhões de euros (-5,9%), sendo que grande parte (680 milhões de euros) foi aplicado em Portugal.
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