Só 15,1% das empresas portuguesas cumpre prazos de pagamento

No primeiro trimestre deste ano foram criadas mais de 13 mil empresas e encerraram menos de 4 mil.
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Bloomberg
Nuno Carregueiro 19 de Abril de 2018 às 13:38

Apesar da recuperação da economia nacional, as empresas portuguesas estão cada vez mais incumpridoras dos prazos de pagamento, sendo que a grande maioria regista atrasos de até 30 dias.

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De acordo com a Informa D&B, "a percentagem de empresas que cumpre os prazos de pagamento acordados atingiu em Março o seu valor mais baixo desde 2007". No mês de Março fixou-se em 15,1% e está a cair de forma consecutiva desde Setembro do ano passado. Em Outubro de 2017 situava-se em 15,9% e em Abril nos 18,3%.

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A Informa D&B conclui que "as empresas têm vindo a transitar para o escalão de atrasos de até 30 dias, onde se concentram hoje dois terços das entidades, apresentando um atraso médio de pagamento de 27 dias, valor semelhante ao que se tem vindo a registar desde 2017".

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Quanto à percentagem de empresas com atrasos de pagamentos superiores a 90 dias, tem vindo a aumentar ligeiramente. Atingiu 7,9% em Março, contra 7,4% em Outubro do ano passado.

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Só 15,1% das empresas portuguesas cumpre prazos de pagamento

Mais nascimentos e menos encerramentos

No que diz respeito aos restantes indicadores do Barómetro Informa D&B, mostram que persiste uma dinâmica positiva no tecido empresarial do país, com o número de empresas criadas a permanecer em alta e os de encerramentos e insolvência em queda, embora a ritmos mais moderados.  

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No primeiro trimestre deste ano foram criadas 13.080 entidades (12.437 das quais empresas), o que corresponde a um aumento de 8%. A Informa assinala que em 2017 foi registado o número mais elevado desde 2007 e que o crescimento deste ano mostra que persiste a "dinâmica empreendedora do tecido empresarial, com a forte contribuição dos sectores ligados ao turismo e dos distritos de Lisboa e Porto".

 

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No que diz respeito aos encerramentos, atingiram 3.805 entidades no primeiro trimestre. A queda foi de 3,3%, o que representa um abrandamento face à descida de 6,9% verificada em 2017. Lisboa e Porto não acompanharam a tendência, com aumentos no número de encerramentos.

 

A Informa assinala que nos últimos 12 meses foram criadas 2,8 empresas por cada uma que encerra, o que traduz um rácio mais favorável face ao verificado no período homólogo (2,3).

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Os sectores do imobiliário (6,3 empresas criadas por cada uma que fechou) e agricultura (3,7) foram os mais dinâmicos.

Por fim, no que diz respeito às insolvências, os processos iniciados desceram 11,9% para 675, "mantendo o ciclo iniciado em 2013, quando se inverteu a tendência deste indicador". 

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