Sonae duplica montante máximo das obrigações Continente para 200 milhões de euros
A possibilidade de elevar o montante máximo já estava incluída no prospecto da oferta de obrigações, sendo que agora a empresa concretiza esse passo, que foi já avançado por outras empresas que também venderam obrigações no retalho.
Serão, então, emitidas até 200 milhões de euros em obrigações com maturidade a três anos, ou seja, que vencem em 2015.
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"A Sonae decidiu alargar para o limite máximo de 200 milhões de euros o montante da emissão das Obrigações Continente visto a procura ter superado as expectativas”, declarou ao Negócios André Sousa, administrador da Sonae MC, área de retalho da “holding” que detém o Continente.
Aumento da oferta abre porta a rateio
Com o aumento do limite máximo de títulos de dívida dirigidos aos pequenos investidores a emitir, a Sonae admite “a possibilidade de se vir a aplicar o critério de rateio previsto nas condições da oferta”, ou seja, a eventualidade de a procura superar a oferta.
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A Sonae lançou estas obrigações ao retalho com o intuito, segundo o prospecto, de financiar a sua actividade corrente, o que lhe irá permitir “consolidar passivo num prazo mais alargado, através do refinanciamento de operações que se irão vencer num futuro próximo”.
Além dos bancos subscritores, a Sonae decidiu utilizar a sua rede de distribuição do Continente, já que, como salientou André Sousa aquando do lançamento das obrigações, “faz sentido aproximar mais esta proposta de poupança dos pequenos investidores”.
O período de subscrição destas obrigações, iniciado a 2 de Julho, prolonga-se até às 15h00 do dia 20 de Julho. Os juros destas obrigações, que não foram alvo de análise classificação de risco por parte de agências de “rating”, são pagos a 25 de Janeiro e 25 de Julho de cada ano até Julho de 2015.
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As obrigações Continente são aquelas que, no segmento de títulos de dívida dirigidos a pequenos investidores, oferece a maior taxa de juro nominal anual bruta com os 7%.
Sonae segue caminho feito por outras cotadas
A Sonae segue-se, assim, a algumas das restantes cotadas que também lançaram títulos de dívida dirigidos a pequenos investidores. A Semapa também chegou a duplicar a sua oferta de títulos a meio do período de subscrição (para 300 milhões), algo que também a Zon Multimédia decidiu (para 200 milhões de euros). Da mesma forma, a Brisa aumentou o limite máximo de 150 para 250 milhões de euros quando fez a sua emissão. Já a EDP realizou duas operações do género, tendo vendido 200 milhões de euros em obrigações em cada uma delas.
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A Portugal Telecom, que anunciou uma emissão de obrigações com destino no retalho no final de Junho, pretende obter 250 milhões de euros. No prospecto da operação, também se admite a hipótese de elevar o valor da oferta.
(Notícia actualizada às 18h14)
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