Unilever recompra 5.000 milhões em acções e sobe dividendo em 12%

A empresa holandesa que recusou a oferta de 143 mil milhões de dólares da Kraft Heinz há menos de dois meses, anunciou uma revisão do seu plano estratégico que inclui melhorar a remuneração accionista.
Bloomberg
Negócios com Bloomberg 06 de Abril de 2017 às 07:51

Depois de ter recusado a oferta de compra da norte-americana Kraft Heinz, em Fevereiro, a Unilever deu início a uma revisão da sua estratégia, cujos resultados foram anunciados esta quinta-feira, 6 de Abril. A holandesa pretende recomprar acções no valor de 5 mil milhões de euros e aumentar o dividendo em 12%.

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"A revisão que o conselho de administração realizou foi detalhada e abrangente", afirmou Marijn Dekkers, chairman da Unilever, num comunicado citado pela Bloomberg. "Confirmou que o nosso modelo de criação de valor de longo prazo para os accionistas foi bem-sucedido e continua tão válido como sempre".

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No comunicado, a empresa de bens de consumo anuncia ainda que pretende alienar o seu negócio de cremes para barrar, que inclui marcas como a Flora.

No dia 19 de Fevereiro, a multinacional Kraft Heinz retirou a oferta de 143 mil milhões de dólares pela Unilever, feita apenas dois dias antes, depois de a holandesa se ter oposto ao início de negociações devido ao valor da oferta em causa. 

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"A Unilever e a Kraft Heinz têm-se ambas em elevada consideração. (...) A Kraft Heinz tem o maior respeito pela cultura, estratégia e liderança da Unilever," referia o comunicado que colocou fim à aproximação.  

Em causa estava uma oferta de 50 dólares por acção da Unilever, naquela que poderia ter sido a maior fusão do género no sector de alimentação e de bebidas, e que foi rejeitada por "subvalorizar" a empresa. 

Em causa estava uma oferta de 50 dólares por acção da Unilever, naquela que poderia ter sido a maior fusão do género no sector de alimentação e de bebidas, e que foi rejeitada por "subvalorizar" a empresa. 

O fim da oferta levou as duas empresas a afundar em bolsa, e motivou a holandesa a acelerar a revisão da sua estratégia. Logo no final desse mês, a Unilever decidiu que iria mudar a forma como remunera os directores de topo, colocando uma maior ênfase nos trabalhadores mais antigos, que tenham acções e um alto nível de comprometimento com a empresa.

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Na sessão de ontem, os títulos da Unilever subiram 0,2% para 46,57 euros. Acumulam uma valorização de 19% desde o início do ano.

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