Portugal produziu 1,2 milhões de veículos em quatro anos
A indústria automóvel nacional resistiu à pandemia e à crise dos chips, com 2020 e 2021 a serem o quarto e terceiro melhores anos de sempre. A média anual desde 2018 ronda a fasquia para se ser considerado um país produtor automóvel.
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Num ano em que a indústria automóvel mundial foi fortemente afetada pela escassez de chips, bem como por problemas de logística e transporte, Portugal registou o terceiro maior volume de produção automóvel de sempre e ficou a menos de cinco mil unidades dos números de 2018, o segundo melhor registo. Com 289.954 veículos produzidos, o ano passado apenas foi superado pelos 294.366 de 2018 e pelo máximo histórico de 345.688 unidades alcançadas em 2019. A resiliência da indústria automóvel nacional permite-lhe acumular praticamente 1,2 milhões de viaturas produzidas nos últimos quatro anos. A média anual de 298,5 mil veículos produzidos desde 2018 põe Portugal em cima da fasquia das 300 mil unidades por ano, valor a partir do qual se é considerado um país produtor automóvel. O secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) defendeu, já em relação a 2020, que, dado o contexto de pandemia que afetou globalmente o setor, os números desse ano (264,2 mil veículos) não retiravam a Portugal o estatuto de produtor automóvel. De notar que apenas em 2019 Portugal superou, de facto, a barreira das 300 mil unidades. Mas Helder Pedro considera que os números de 2018 já davam esse estatuto a Portugal. No comunicado difundido esta segunda-feira, a ACAP assinala o crescimento de 9,7% no ano passado, embora ainda 16,1% abaixo dos níveis de 2019.
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