Bankinter emite dívida para financiar compra do Barclays em Portugal

O Bankinter colocou 200 milhões de euros em obrigações contingentes convertíveis (CoCos), numa operação que durou três horas até ficar concluída. 

Em comunicado, o banco espanhol garante que a procura superou os 1.300 milhões de euros, 6,5 vezes a oferta disponível. E foi realizada entre mais de 114 investidores institucionais. A um cupão de 8,625%, quando inicialmente estava previsto ser de 9%.

 

Este financiamento tem um impacto directo nos rácios de capital e visou colmatar o impacto a esse nível que a aquisição do negócio de retalho do Barclays em Portugal teve no Bankinter.

O Bankinter assumiu a 1 de Abril o negócio de retalho do Barclays em Portugal.

 

Esta é a primeira vez que a instituição liderada por María Dolores Dancausa emite instrumentos de dívida desta natureza. São títulos que se configuram como instrumentos híbridos de dívida, já que podem ser convertidos em acções, caso o rácio CET 1 (Common Equity Tier 1 que é um rácio de capital) desça além dos 5,125%.

O CET 1 constitui o capital de melhor qualidade da instituição, em termos de permanência e capacidade de absorção de prejuízos. No final de Março, o CET 1 do Bankinter estava nos 11,77%. Segundo o Expansíon, a emissão servirá para cobrir os 50 pontos base que a compra do Barclays consumiu no rácio do Bankinter.

O Bankinter concluiu a compra da unidade de retalho do Barclays a 1 de Abril por 86 milhões de euros, um valor 14 milhões abaixo do inicialmente previsto (100 milhões de euros). É que o património alterou-se entre Setembro do ano passado, quando foi anunciada a compra, e o final de Março, que conta para os números finais. A carteira de crédito a clientes passou de 4.881 milhões de euros para 4.473 milhões, menos 8% e a carteira de clientes passou de 185 mil para 173 mil.

O Bankinter concluiu a compra da unidade de retalho do Barclays a 1 de Abril por 86 milhões de euros, um valor 14 milhões abaixo do inicialmente previsto (100 milhões de euros). É que o património alterou-se entre Setembro do ano passado, quando foi anunciada a compra, e o final de Março, que conta para os números finais. A carteira de crédito a clientes passou de 4.881 milhões de euros para 4.473 milhões, menos 8% e a carteira de clientes passou de 185 mil para 173 mil.