BBVA no Supremo contra imposições do Governo na OPA ao Sabadell
Apenas dias depois de ter confirmado que tenciona manter a oferta pública de aquisição (OPA) hostil sobre o Sabadell, sabe-se agora que o BBVA está a tomar medidas legais contra as condições impostas pelo Governo espanhol para que a operação se possa concretizar.
O grupo presidido por Carlos Torres terá apresentado um recurso ao Supremo Tribunal de Justiça de Espanha, datado de 15 de julho, contra as condições impostas pelo Conselho de Ministros à sua OPA do Banco Sabadell, de acordo com fontes do banco citadas pelo elEconomista.
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O banco garante que este processo legal não irá interferir no resultado da transação, que continuará a seguir o seu calendário.
Fontes do banco presidido por Carlos Torres e citadas pelo El País, revelaram que o banco planeia atualizar e publicar todas as informações relevantes sobre a OPA hostil “assim que o prospeto for aprovado pela CNMV [regulador em Espanha], provavelmente no início de setembro”. Depois disso, a resolução deverá ser votada pelos acionistas do banco até ao final do mês ou início de outubro.
Esta OPA hostil de cerca de 11 mil milhões de euros, que o BBVA quer levar até ao fim mesmo perante as decisões do Sabadell de vender o TSB e entregar boa parte da receita aos acionista sobe a forma de um dividendo extraordinário, enfrentou um travão por parte do Governo espanhol.
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Recorde-se que o Executivo de Pedro Sánchez tinha decidido que para proteger o interesse geral do país, a compra, a acontecer, não poderia levar ao desaparecimento do Sabadell nos próximos três anos – podendo esta medida ser prorrogada por mais dois anos -, reduzindo assim as sinergias do negócio.
Carlos Cuerpo, ministro da Economia de Espanha, garantiu na altura que se trata de uma "condição proporcional e equilibrada que não impede o avanço do processo". "Isto não constitui um obstáculo ao avanço do processo de integração a nível europeu e da União Bancária. Estamos a proteger os interesses gerais numa transação doméstica", referiu na altura o ministro.
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