CGD tem “condições para ter um interesse mais decisivo” no Novo Banco
A possível venda direta do Novo Banco à Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode mesmo acontecer, admitiu implicitamente o presidente da comissão executiva do banco público.
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"Temos ideia das condições que seriam necessárias para haver algum interesse mais decisivo", afirmou Paulo Macedo depois de ser questionado sobre o interesse da CGD numa eventual aquisição da instituição financeira que sucedeu ao Banco Espírito Santo (BES). Sem revelar que condições são essas, afirmou que a Caixa tem interesse em "operações em que o somatório seja maior do que as partes".
"Interessam-nos operações que tenham sinergias no mercado e possam acrescentar valor", continuou, admitindo que o banco "está a analisar hipóteses no mercado".
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Recusando falar sobre a avaliação do Novo Banco feita pelo seu principal acionista, o fundo norte-americano Lone Star, e que aponta para o valor de 5 mil milhões de euros, o presidente da comissão executiva da CGD aproveitou, como tinha feito o seu homólogo do BCP, para ironizar. "Posso dizer ao contrário: se aplicássemos na Caixa os múltiplos que tenho visto, a CGD valeria de 9 mil milhões de euros a 16 mil milhões de euros", afirmou, recusando pronunciar-se sobre se o valor atribuído ao Novo Banco faz sentido. "Preciso de mais informação do que aquela que vem nos relatórios e contas", disse.
Com o Novo Banco a preparar uma entrada em bolsa, o CEO da Caixa não quis pronuncioar-se sobre a operação, nem sobre o impacto que ela poderá ter no interesse do banco público. "Quem tiver interesse estuda a operação", constatou.
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Paulo Macedo aproveitou para mandar uma farpa ao presidente executivo do Santander, que disse ficar preocupado com o cenário de a Caixa comprar o Novo Banco. "Fico mais preocupado com o cenário da banca espanhola ter 45% do mercado", atirou.
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