Fitch mantém rating do BCP no lixo
A Fitch Ratings manteve a notação do BCP em BB-, que é o terceiro nível do chamado "lixo" – quando o investimento é especulativo, em vez de ser de qualidade.
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Quanto às perspectivas (outlook) para a evolução do rating do banco liderado por Nuno Amado, a agência sublinha, no relatório divulgado esta quarta-feira, 25 de Janeiro, que se mantém "estável".
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Este reiterar do rating e do outlook do BCP segue-se ao anúncio, no passado dia 9 de Janeiro, de que o banco pretende angariar 1,33 mil milhões de euros através da emissão de direitos.
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"A Fitch está convicta de que o aumento de capital é positivo para o perfil de risco do Millennium bcp, uma vez que permitirá ao banco reembolsar os 700 milhões de euros que ainda tem a pagar ao Estado no âmbito das obrigações contingentes convertíveis em acções [CoCos]", refere o documento da agência de rating aludindo à ajuda pública de 2012.
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Isto, por sua vez, melhorará a situação de solvência do banco e compensará as pressões decorrentes da erosão de capital, acrescenta a Fitch.
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No entanto, adverte, "a capitalização continua a ser vulnerável à forte exposição do banco a activos problemáticos".
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Segundo a Fitch, o actual rating atribuído ao BCP reflecte a "faca qualidade dos activos do Millennium bcp, o que pressiona a sua rentabilidade operacional e a geração de capital interno, bem como a sua capitalização". Por outro lado, a contrabalançar estes aspectos, esta notação BB- reflecte também a operação doméstica "sólida" e as melhorias em matéria de financiamento e liquidez.
No passado dia 16, a S&P colocou o rating do BCP em revisão, com "implicações positivas", o que significa que pode vir a subir a notação do banco. A agência disse considerar que a dívida do BCP tem características especulativas mas elogiou o aumento de capital e os seus efeitos.
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No mesmo dia, a Moody’s considerou que o aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros do BCP é positivo para o seu crédito. Contudo, disse haver dúvidas sobre a concretização do plano estratégico para 2018.
As acções do Banco Comercial Português fecharam hoje em queda, pela terceira sessão consecutiva, pressionadas pela evolução em baixa dos direitos de subscrição do aumento de capital.
(notícia actualizada às 20:31)
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