Fosun vai injetar quase 500 milhões de euros para resgatar a Thomas Cook
A Fosun vai injetar 450 milhões de libras britânicas – o equivalente a 498,4 milhões de euros – na operadora turística Thomas Cook, contribuindo com uma larga fatia para um resgate de quase mil milhões de euros.
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O objetivo é retirar a empresa da atual situação de endividamento. Com esta operação, os chineses da Fosun deverão ficar com pelo menos 75% das ações da Thomas Cook e 25% da companhia aérea do grupo. Os bancos e obrigacionistas vão contribuir com a restante quantia, convertendo a dívida em ações.
A implementação deste acordo está ainda sujeita à aprovação legal e das entidades reguladoras de concorrência, mas a transação tem data marcada para o próximo mês de outubro.
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A intenção da administração é a de manter a Thomas Cook em bolsa. Contudo, há a hipótese de o processo de injeção de capital leve ao cancelamento da cotação da empresa nos mercados.
Em meados de julho, foi noticiado que a Thomas Cook esperava uma ajuda superior, de cerca de 830 milhões de euros, da parte da Fosun Tourism.
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A Thomas Cook, que é empresa de viagens mais antiga do mundo, tem sofrido com a redução da procura pelos seus pacotes de férias, a onda de calor vivida no verão passado na Europa – que ditou mais férias domésticas - e uma dívida alta. Esta situa-se nos 1,8 mil milhões de libras (2 mil milhões de euros), de acordo com os dados da Refinitiv, citados pela Reuters.
A notícia chega um dia após a apresentação de resultados do grupo chinês. O grupo Fosun, principal acionista do BCP e dono da seguradora Fidelidade e da Luz Saúde, obteve lucros de 7,6 mil milhões de yuan (cerca de 957 milhões de euros) no primeiro semestre deste ano, valor que representa um aumento de 10,9% em relação a igual período do ano passado. Perante estes resultados, a administração do conglomerado chinês decidiu propor, pela primeira vez, o pagamento de dividendos intercalares aos acionistas.
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