Lei de juros negativos afecta três mil empréstimos do BPI
A lei que obriga os bancos a aplicar juros negativos no crédito à habitação vai afectar cerca de três mil clientes do Banco BPI, segundo admite o presidente executivo, Pablo Forero.
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"Vamos cumprir a lei", começou por assegurar o CEO do banco na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro semestre do ano, período em que registou lucros de 366,1 milhões de euros.
"O impacto é moderado, não é muito grande. São muito poucos, são à volta de três mil empréstimos", frisou o responsável pelo banco. Forero não quis, contudo, referir o valor dos contratos, dizendo apenas que "não é significativo". A CGD, que já falou sobre o tema, também tinha referido que o número de afectados é limitado.
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A lei afectará os empréstimos com a combinação de taxas de juro muito reduzidas e com "spreads" "muito baixos". Isto porque a taxa de juro negativa é aplicada quando a média negativa da Euribor (o indexante) do empréstimo à habitação anula o "spread" praticado.
Forero explicou que, como a lei não tem implicações retroactivas, não haverá necessidade de fazer provisões adicionais. A opção do banco vai ser fazer deduções ao capital do empréstimo para dar forma ao novo imperativo legal.
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A nova lei entrou em vigor na passada quinta-feira. A Associação Portuguesa de Bancos já disse que os associados irão cumprir a lei, mas frisou que permanecem dúvidas fiscais sobre a sua aplicação.
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