Nova almofada financeira deverá aumentar em 78 pontos base requisitos de fundos próprios do BPI
A nova almofada financeira criada pelo Banco de Portugal (BdP) para acautelar riscos relacionados com crédito à habitação deverá aumentar os requisitos de fundos próprios do BPI em 78 pontos base, segundo uma estimativa da instituição financeira. A informação foi comunicada esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa informa que foi "notificado pelo Banco de Portugal sobre a implementação de uma reserva de capital para risco sistémico no mercado imobiliário residencial em Portugal".
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"Esta reserva é aplicável a instituições que utilizam o método de notações internas (IRB - 'Internal Ratings Based') e corresponderá a 4% do montante das posições ponderadas pelo risco da carteira de crédito a particulares garantidas por imóveis destinados à habitação em Portugal", continua.
E acrescenta que "esta reserva sistémica setorial traduz-se, em base proforma setembro 2023, num aumento estimado dos requisitos de fundos próprios de 78 pontos base".
O banco indica ainda que "cumpre por margem significativa os requisitos mínimos de capital, e após implementação desta medida apresenta um 'buffer MDA' - folga de capital sem limitações à distribuição de resultados - de 470 pontos base em setembro 2023 proforma".
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No arranque da medida serão abrangidas quatro instituições financeiras – que contam com avaliações específicas do risco - e que terão de pôr de lado cerca de 400 milhões de euros: BCP, Novo Banco, BPI e Santander Portugal. Em conjunto, estes bancos representam 60% do crédito à habitação no país.
As almofadas que terão de ser criadas variam, consoante a instituição financeira, entre os 50 e os 150 milhões. Este valor terá de estar reservado a 1 de outubro de 2024.
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