Novo Banco agrava prejuízos para 1.395 milhões em 2017
O Novo Banco agravou os prejuízos no ano passado. O resultado líquido negativo foi de 1.395 milhões de euros. Em 2016, o banco constituído após a resolução aplicada ao BES gerou perdas de 788 milhões.
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O esforço foi feito, sobretudo, no final do ano, tendo em conta que no final de Setembro os prejuízos eram de 419 milhões.
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As contas apresentadas pela equipa de António Ramalho referem-se a 2017, ano em que o Fundo de Resolução vendeu 75% do capital ao fundo americano Lone Star, mantendo 25% da participação.
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A justificação para este resultado deveu-se, sobretudo, à constituição de imparidades para cobrir perdas futuras em activos já existentes. Foram 2 mil milhões de euros, 1,2 mil milhões dos quais devido ao crédito concedido. Houve também 692 milhões para contingências.
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Nestas últimas contingências estão 398 milhões para a venda de operações em descontinuação e 134 milhões para a reestruturação (que prevê o encerramento de balcões e as rescisões com 440 trabalhadores).
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Em 2016, a rubrica de imparidades e provisões não superava os 1,4 mil milhões.
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Comissões sobem com fim de emissão garantida pelo Estado
A margem financeira do banco (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) recuou 23,3% para se fixar em 394,6 milhões de euros.
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Contudo, as comissões bancárias somaram 17% para 325 milhões. "[Esta devolução] deveu-se à redução das comissões que pagávamos pelas garantias emitidas pelo Estado", justificou António Ramalho na conferência de imprensa de apresentação de resultados.
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Os resultados em operações financeiras cresceram 45% para 214 milhões, que o banco justifica com a recompra de dívida realizada no ano passado, e que foi essencial para a venda de 75% do capital à Lone Star.
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No seu conjunto, o produto bancário obtido pelo Novo Banco chegou aos 1.683 milhões, um aumento de 72%.
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O prejuízo foi limitado pela activação do mecanismo de capitalização contingente, através do qual o Fundo de Resolução entra com 792 milhões. Este número contribui para o produto bancário.
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Impostos aumentam prejuízos
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A rubrica fiscal permitiu ao Novo Banco limitar os prejuízos verificados no ano passado. Está em causa a anulação de prejuízos fiscais reportáveis que não podem ser considerados activos do banco, tendo em conta o novo plano de negócios da instituição.
Mecanismo prejudica
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Os activos que estão protegidos sob o mecanismo de capitalização contingente – que vai obrigar à injecção de 792 milhões de euros pelo Fundo de Resolução – são, em grande medida, os responsáveis pelas perdas de 2017.
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O Novo Banco menciona que, sem este mecanismo, teria alcançado um resultado operacional de 341,7 milhões, ainda assim uma quebra de 12% em relação ao ano anterior.
O rácio de capital common equity tier 1, que mede o peso dos melhores fundos da instituição, fixou-se em 12,8% no final de 2017, acima dos 12% do ano anterior.
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