“Precisamos de ambição de todos os lados”, dizem banqueiros a Albuquerque

Maria Luís Albuquerque recebeu vários responsáveis do setor financeiro, incluindo dois representantes nacionais: Paulo Macedo, CEO da CGD, e Miguel Bragança, CFO do BCP.
Maria Luís Albuquerque reuniu-se com banqueiros europeus
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Paulo Moutinho 19:19

“Precisamos de ambição de todos os lados — decisores políticos, supervisores e bancos”. Foi esta a mensagem deixada pelos representantes do sistema financeiro europeu, entre eles dois portugueses, num encontro com Maria Luís Albuquerque, a comissária europeia que tem, entre outros, a responsabilidade de avançar com a criação de um Mercado Único “verdadeiramente integrado”.

A mensagem foi revelada pela comissária portuguesa através de uma publicação no LinkedIn. E ao pedido deixado pelos banqueiros, incluindo Paulo Macedo, CEO da CGD, e Miguel Bragança, CFO do BCP, Albuquerque acrescentou que “a Europa precisa de instituições dispostas a pensar transfronteiriçamente, a expandir, a inovar e a ajudar a transformar as poupanças em oportunidades de investimento para todos os europeus”.

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Para a comissária europeia, esta visão para o futuro da banca só é possível porque, diz, os “bancos europeus são fortes, resilientes e rentáveis" — um testemunho da sólida estrutura construída ao longo da última década”.

Contudo, faltam algumas peças para se conseguir completar o puzzle. “Não podemos ignorar a realidade estrutural: a fragmentação ainda impede que os bancos cresçam, operem sem problemas além-fronteiras e, em última análise, financiem o crescimento da Europa de uma forma que beneficie tanto os cidadãos quanto as empresas”, alerta.

Maria Luís Albuquerque tem como objetivo a criação de um Mercado Único “verdadeiramente integrado”. Para tal, sublinha a importância destes encontros, em particular este, com um “setor que permanece no centro da competitividade da Europa e da nossa União de Poupança e Investimento”.

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“Este diálogo, juntamente com os nossos workshops em setembro e novembro, contribuirá diretamente para o trabalho da Comissão no âmbito do Relatório sobre a Competitividade Bancária de 2026, um objetivo fundamental da União de Poupança e Investimento”.

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