PSD recomenda ao Governo que renegoceie "perdão de dívida aos bancos" de 630 milhões
Os sociais-democratas querem que o Governo renegoceie os empréstimos relativos ao Novo Banco e ao Banif acordados em 10 de Fevereiro "em termos e condições que - na conjugação do prazo do empréstimo, escalonamento dos reembolsos de capital e taxa de juro - assegurem que o valor actualizado dos pagamentos de capital e juros dos empréstimos que o Estado recebe seja pelo menos igual ao valor emprestado pelo Estado".
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O PSD diz querer evitar que haja valor actualizado líquido negativo, tal como foi apurado na terça-feira pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).
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Na terça-feira, depois de conhecido este relatório, o PSD acusou o Governo de comportamento democrático indigno por ter escondido um "perdão de dívida aos bancos", no valor de 630 milhões de euros.
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"É muito grave, muito injusto, altamente prejudicial para os contribuintes e é democraticamente indigno", afirmou aos jornalistas, no parlamento, o deputado e vice-presidente da bancada social-democrata António Leitão Amaro.
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Leitão Amaro insistiu na gravidade da actuação do executivo do PS dado que, recordou, o ministro da Finanças, Mário Centeno, foi questionado no parlamento sobre este assunto e não respondeu.
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"Este perdão, que hoje conhecemos de dívida aos bancos, foi escondido, negado durante meses", acrescentou o deputado social-democrata.
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A revisão das condições do empréstimo do Tesouro ao Fundo de Resolução bancário piorou as condições para o Estado, traduzindo-se num valor actualizado líquido negativo de cerca de 630 milhões de euros, segundo a UTAO.
Num relatório a que a Lusa teve acesso, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) refere que o empréstimo inicial de 3.900 milhões de euros feito em 2014 pelo Tesouro público ao Estado para financiar a capitalização do Novo Banco, após a resolução do BES, apresentava "um valor actualizado líquido positivo, embora pouco expressivo".
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Contudo, com os aditamentos feitos às condições do empréstimo, que fazem com que os bancos participantes do Fundo de Resolução possam pagar a dívida ao Estado com mais tempo e em melhores condições, o valor actualizado líquido (medida de avaliar os benefícios futuros de um empréstimo) piorou.
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