Risco com resolução do Banif obrigou a provisões no Santander

António Vieira Monteiro enumerou vários problemas na resolução do Banif, justificando assim as provisões feitas com dinheiro estatal.
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Bruno Simão
Diogo Cavaleiro 11 de Maio de 2016 às 19:52

O facto de o Santander Totta ter comprado o Banif em resolução e não no processo de alienação normal trouxe mais riscos para o banco de capitais espanhóis. Por isso é que os activos tiveram de ser provisionados, numa operação que envolveu dinheiros públicos. Foi esta ideia que António Vieira Monteiro quis deixar na comissão de inquérito ao Banif.

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Para o Banco Santander Totta, a alteração da opção de venda para resolução "inevitavelmente aumentou e exponenciou os riscos inerentes à apresentação de uma qualquer proposta, sendo que passo a explicitar os principais factores que causaram esse aumento de riscos".

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A operação de resolução foi feita com a intervenção de 2.255 milhões de euros estatais, grande parte da qual para provisionar os activos transferidos para o banco. "Perante o acrescer exponencial do risco da operação, o Banco decidiu apresentar uma proposta que, não podendo exigir garantias ao vendedor, aplicou directamente à carteira de crédito e aos activos do Banif os modelos de avaliação de risco e de provisionamento do Banco Santander Totta", indicou Vieira Monteiro.

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O líder do Totta foi enunciando as várias razões que colocam mais riscos para o banco, nomeadamente a "destruição de valor da sua marca", e o facto de " accionistas e parte dos obrigacionistas do Banif" terem sido "objecto de uma medida de recapitalização interna (bail-in), tendo os seus créditos sido sacrificados, assim prejudicando o valor dos activos adquiridos e criando uma fonte compreensível de atrito com alguns dos melhores clientes do banco". 

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Estes eram riscos que não existiram na operação de venda voluntária, defendeu António Vieira Monteiro.

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