Venezuela leva Novo Banco a tribunal por bloqueio de contas

Cinco providências cautelares deram entrada no Tribunal de Comércio de Lisboa contra o Novo Banco devido ao bloqueio de contas no país com um saldo total de 1,5 mil milhões de euros.
Tiago Petinga/Lusa
Negócios 22 de Março de 2019 às 08:48

A Venezuela levou o Novo Banco a tribunal. São, ao todo, quatro as entidades públicas venezuelanas que avançaram, no início deste mês, com uma ação judicial contra o banco liderado por António Ramalho por ter bloqueado contas com um saldo total de 1,5 mil milhões de euros.

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De acordo com o Jornal Económico, este montante de depósitos será imediatamente retirado do banco nos próximos dias caso o tribunal decida aceitar as providências cautelares interpostas pelo banco estatal Bandes, petrolífera PDVSA, PDVSA Services e Petrocedeño. 

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Em causa estão cinco providências cautelares que deram entrada no Tribunal de Comércio de Lisboa e que reclamam o pagamento de uma centena de ordens de pagamento que foram recusadas pelo Novo Banco desde fevereiro por suspeitas de branqueamento de capitais.

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Na ação judicial, as entidades venezuelanas afirmam que todas as ordens foram acompanhadas de documentação, nomeadamente a identificação do beneficiário e contratos justificativos. Mas, de acordo com o jornal, as recusas são "sistemáticas" e "sem apresentação de justificações".

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Este bloqueio surgiu com o agravamento da crise na Venezuela, em janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente da república interino e declarou que assumia os poderes executivos para marcar eleições e dirigir uma transição de regime.

 

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Em fevereiro, o Novo Banco decidiu suspender a transferência de 1,2 mil milhões de dólares do Governo venezuelano para o Uruguai, como pedido pelo Governo de Nicolás Maduro, conforme afirmou à agência Reuters o deputado venezuelano da oposição Carlos Paparoni. 

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