Administradores do Credit Suisse abdicam de quase metade dos bónus
Entre os administradores que aceitaram o corte está o CEO, Tidjane Thiam, que em 2016 recebeu uma remuneração de 12 milhões de francos suíços (11,2 milhões de euros).
Doze administradores de topo do banco Credit Suisse concordaram em prescindir de 40% dos seus bónus relativos ao exercício de 2016, depois da pressão nesse sentido imposta pelo poder político e pelos accionistas.
Em causa estão, de acordo com o Financial Times, 78 milhões de francos suíços (73 milhões de euros à cotação actual) atribuídos aos executivos no início deste ano, apesar de a instituição ter registado em 2016 prejuízos de 2.700 milhões de francos suíços (2.530 milhões de euros).
Duas empresas representantes dos accionistas opuseram-se à concessão dos prémios, tal como um deputado suíço, Thomas Minder.
"Alguns accionistas expressaram reservas quanto à compensação variável atribuída à administração executiva," afirmou esta quinta-feira o banco em comunicado.
Entre os administradores que aceitaram o corte está o CEO, Tidjane Thiam (na foto), que em 2016 recebeu uma remuneração de 12 milhões de francos suíços (11,2 milhões de euros).
"A minha maior prioridade é ver para lá da reestruturação do Credit Suisse em curso. (...) Espero que esta decisão contribua para acalmar algumas das preocupações manifestadas por alguns accionistas e permita à equipa executiva continuar a concentrar-se no trabalho que tem em mãos," escreveu Thiam numa carta a accionistas.
O Wall Street Journal escreve que, além do corte na remuneração variável, também a remuneração fixa será congelada. E recorda que o montante destinado ao pagamento de bónus de 2016 foi elevado no mês passado em 6% para mais de 3.000 milhões de francos suíços (2.800 milhões de euros), no que a Bloomberg refere ser um "esforço para reter talento" no banco.
Ao contrário, Deutsche Bank e UBS terão reduzido o montante destinado ao pagamento de bónus, acrescenta a agência noticiosa.
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