CEO do Banco CTT: OE olha para défice mas é "pouco ambicioso" para empresas
"Vai um bocadinho na tradição dos anteriores". É assim que Luís Pereira Coutinho comenta o Orçamento do Estado para o próximo ano. Centrado no défice orçamental e sem impacto na economia real das empresas.
Luís Pereira Coutinho considera que não há um ambiente favorável para o crescimento das empresas em Portugal, em particular as de maior dimensão. E o Orçamento do Estado para o próximo ano não resolve o problema.
"É muito pouco ambicioso naquilo que respeita promover e criar as condições para que as empresas portuguesas de maior dimensão possam crescer e fazer a sua vida também no estrangeiro", responde o presidente executivo do Banco CTT, instado a comentar o Orçamento do Estado para 2019 na Conversa Capital, do Negócios e da Antena 1.
Segundo Pereira Coutinho, há pouco incentivo para os grandes grupos em Portugal, havendo uma opção política de favorecimento às pequenas e médias empresas.
"Acho que devia haver um ambiente mais favorável ao desenvolvimento das empresas e ao crescimento das empresas. Não há empresas que se possam internacionalizar se não forem fortes em casa", considera Luís Pereira Coutinho, que, antes de entrar para o Banco CTT, em 2015, foi administrador do Banco Comercial Português, onde teve responsabilidades sobre entidades no estrangeiro, como o polaco Bank Millennium.
Para o banqueiro, a sede precisa de ser forte. Não sendo, não há forma de desenvolvimento: "se a base não for forte, não é possível ir para fora, e de facto acho que poderia haver em Portugal um regime conjunto de elementos mais favoráveis ao desenvolvimento das empresas, fiscal e não só".
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