O BPI já usou 128 milhões de euros da sua quota atual de 249,5 milhões autorizada pelo Governo no regime da garantia pública de apoio aos jovens no crédito à habitação. 

Até ao final de setembro, a instituição financeira assinou cerca de quatro mil contratos de crédito com garantia do Estado, num volume total de 783 milhões de euros. Os valores foram revelados pelo banco na apresentação de resultados dos primeiros nove meses.

O BPI tinha uma quota inicial de 149,5 milhões de euros na medida, mas ao aproximar-se do limite pediu um reforço de 100 milhões, que foi concedido pelo Ministério das Finanças.  

A garantia, que está no terreno desde o início do ano, facilita a compra de casa a crédito por parte de jovens até aos 35 anos, ao permitir o financiamento de 100% do imóvel. Em circunstâncias normais esta proporção poderia ser, no máximo, de 85% devido a regras de supervisão bancária. Este limite obrigava os mutuários a avançarem à cabeça com restantes 15% - a chamada “entrada” da casa, que pode corresponder a dezenas de milhares de euros que nem todas as famílias terão disponíveis.

No total, desde o início do ano até ao final de setembro, a medida já levou a um volume de crédito de 3,5 mil milhões de euros concedidos pelos bancos que aderiram ao regime – conjunto que inclui todas as instituições relevantes do sistema. O valor corresponde a aproximadamente 22% e 25% do número de contratos e montante total concedido no mesmo período, respetivamente. Foram quase 18 mil escrituras assinadas. Dá uma média de cerca de 2 mil por mês.