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Governo inclui verba de 468,6 milhões para o Fundo de Resolução no OE

A proposta de Orçamento do Estado para 2021 inclui uma verba para o Fundo de Resolução, ao contrário daquilo que tinha sido pedido pelo Bloco de Esquerda.

antonio ramalho, novo banco
antonio ramalho, novo banco João Miguel Rodrigues
12 de Outubro de 2020 às 21:50

O Governo inscreveu uma verba para o Fundo de Resolução no Orçamento do Estado (OE) para 2021. O Executivo de António Costa destina perto de 460 milhões de euros à entidade liderada por Máximo dos Santos. 

Estão "previstas as verbas de 468,6 milhões de euros para o Fundo de Resolução e 852,5 milhões de euros para Fundo de Resolução Europeu", lê-se na proposta do OE para 2021 que chegou esta segunda-feira ao Parlamento. Mas sem adiantar qual o destino desta verba. 

O Executivo tem sido pressionado pelo Bloco de Esquerda a não incluir uma verba para o fundo para, por sua vez, injetar no Novo Banco. Até agora, o banco já pediu perto de 2,9 mil milhões de euros de um total de 3,89 mil milhões no âmbito do mecanismo de capitalização contingente. 

Como o Negócios avançou, o Executivo mostrou-se indisponível, durante as reuniões sobre o orçamento, para retirar esta verba. 

Apesar de haver uma verba para o fundo no orçamento, está agora em cima da mesa 

O Executivo tem sido pressionado pelo Bloco de Esquerda a não incluir uma verba para o fundo para, por sua vez, injetar no Novo Banco. Até agora, o banco já pediu perto de 2,9 mil milhões de euros de um total de 3,89 mil milhões no âmbito do mecanismo de capitalização contingente. 

Como o Negócios avançou, o Executivo mostrou-se indisponível, durante as reuniões sobre o orçamento, para retirar esta verba. 

a possibilidade de ser a banca a financiar o fundo liderado por Máximo dos Santos, e não o Estado. Tal como o Negócios noticiou, as negociações estão a ser produtivas, com os bancos a quererem um empréstimo de longo prazo, em condições de mercado, naquela que é uma solução que vai ter impacto nas contas públicas. 

Diferente é a solução proposta pelo Bloco de Esquerda. O partido defende que deveria ser a banca a financiar diretamente o Novo Banco, não passando pelo Fundo de Resolução. "É preciso garantir quer qualquer injeção [no Novo Banco] é feita pelos bancos, não através de um empréstimo ao Fundo de Resolução, que é uma entidade pública, mas diretamente através de uma capitalização do Novo Banco", defendeu recentemente Mariana Mortágua, deputada bloquista.

O objetivo seria evitar que a injeção de capital fosse intermediada por uma entidade pública. Dessa forma, o valor da injeção não teria impacto no défice e não seria garantido pelos contribuintes.

A proposta do OE para 2021 foi entregue esta segunda-feira no Parlamento, depois de ter sido aprovada este domingo, em Conselho de Ministros eletrónico. O ministro das Finanças, João Leão, irá explicar o orçamento numa conferência de imprensa agendada para esta terça-feira de manhã.

(Notícia atualizada.)

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