A Caixa Económica Montepio Geral pagou cerca de 763 mil euros a Jorge Humberto Luís, Pedro Ribeiro e Fernando Magalhães, administradores executivos da Caixa Económica, totalmente controlada pela Associação Mutualista. Cada um obteve uma remuneração fixa em torno de 254 mil euros. As remunerações variáveis continuaram sem ser atribuídas.

Em 2013, o montante pago a cada administrador executivo estava situado em 200 mil euros, o que resultou num valor global gasto com o conselho de administração executivo de quase 601 mil euros. No entanto, o valor das remunerações em 2014 não é comparável com o ano precedente, visto que o valor auferido pela equipa de gestão em 2013 é referente a apenas nove meses - isto porque o actual conselho de administração só tomou posse a 25 de Março desse ano.

Os números são revelados no relatório sobre o governo de sociedades do Montepio, divulgado esta terça-feira, 16 de Junho, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em 2014 não foram pagas quaisquer remunerações variáveis aos gestores, tal como já havia acontecido em 2013 – anos em que a Caixa Económica apresentou prejuízos. "A comissão de remunerações deliberou, também, não atribuir nenhuma remuneração variável (seja a título de gratificação e de bónus ou de prémio extraordinário)", assinala o documento.

O presidente da comissão executiva, António Tomás Correia, não recebe qualquer valor da Caixa Económica. Como acumula essa função com a presidência da Associação Mutualista, é esta que tem, segundo deliberado pela comissão de remunerações, a responsabilidade de pagar, em exclusividade, o salário de Tomás Correia. A remuneração fixa foi de 448 mil euros, pouco acima da paga em 2013. O gestor vai deixar de ser presidente da Caixa Económica, cargo para o qual foi convidado José Félix Morgado. 

(notícia corrigida sem comparação das remunerações, uma vez que a actual administração apenas auferiu salário durante nove meses no ano de 2013, dado ter tomado posse a 25 de Março desse ano)