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Santander Totta "ainda não tinha pensado" na compra de activos ao Novo Banco

António Vieira Monteiro lamenta o mecanismo de capitalização contingente que pode obrigar o Fundo de Resolução a gastar até 3,9 mil milhões de euros no Novo Banco, após a venda à Lone Star.

Miguel Baltazar
02 de Novembro de 2017 às 14:21

O Santander Totta não considerou, ainda, a possibilidade de vir a adquirir activos do Novo Banco que a nova dona, a Lone Star, possa colocar à venda.

"Ainda não tinha pensado nisso", afirmou António Vieira Monteiro (na foto) esta quinta-feira, 2 de Novembro, na conferência de imprensa de apresentação de resultados dos primeiros nove meses do ano, período em que o banco apurou uma subida de 13% dos lucros para 331,9 milhões.

Para Vieira Monteiro, só faz sentido comprar tais activos "desde que venham acompanhados das respectivas provisões". Ou seja, sem comprar activos que não valem o preço de compra. Mas o dossiê não é uma prioridade: "até lá, estou mais preocupado em vender os meus".

Sobre a alienação de 75% do Novo Banco ao fundo de "private equity" americano, Vieira Monteiro afirmou que é "positiva" para o sistema bancário, já que mostra o reforço que tem vindo a ser feito, sublinhou. "Com a venda do Novo Banco terminou um ciclo", acrescentou. "Uma das entidades que estava a ser sujeita a pressão e indefinição" ficou com a sua situação resolvida, disse.

A venda foi acompanhada de um processo judicial colocado pelo BCP, que visava impedir o mecanismo de capitalização contingente, que poderá obrigar a uma injecção de até 3,9 mil milhões de euros no caso de a desvalorização de um conjunto de activos começar a prejudicar os rácios do Novo Banco.

Vieira Monteiro mostra-se contra esse mecanismo: "entendemos que o accionista que compra tem de correr todos os prejuízos. Era uma coisa que gostaríamos que não existissem".

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