SIBS: Travão às comissões bancárias pode deixar entidades nacionais em desvantagem
A SIBS respondeu ainda às críticas da Autoridade da Concorrência de que o mercado de pagamentos está "centrado na rede Multibanco e na SIBS". Madalena Cascais Tomé, presidente executiva, garante que esta acusação é "falsa".
Madalena Cascais Tomé, presidente executiva da SIBS, considera que um travão às comissões bancárias, proposto pelos partidos, poderá vir a penalizar e a inibir a capacidade de inovação das entidades nacionais, deixando-os numa posição desfavorável face a entidades estrangeiras.
"Qualquer restrição, condicionalismo que seja feito sobre as entidade de uma perspetiva local, nacional, vai afetar essas entidades e inibir a sua capacidade de desenvolvimento face a entidades globais", afirmou a responsável aos deputados, esta quarta-feira, numa audição no âmbito do grupo de trabalho sobre comissões bancárias. Nesse cenário, continuou Madalena Cascais Tomé, "pode tornar-se insustentável uma solução doméstica em detrimento de outras que estarão menos focadas nas necessidades específicas dos portugueses". No final de fevereiro, o Parlamento deu "luz verde" a projetos de lei para travar as comissões bancárias, tendo sido aprovada, na generalidade, a proposta do PS que limita as comissões em plataformas eletrónicas (como é o caso do MBWay, da SIBS). Isto além de impedir a cobrança de comissões em transferências nestas plataformas até 100 euros ou 500 euros durante o período de um mês ou 50 transferências num mês. SIBS responde às críticas da AdC Já, na semana passada,
Nesse cenário, continuou Madalena Cascais Tomé, "pode tornar-se insustentável uma solução doméstica em detrimento de outras que estarão menos focadas nas necessidades específicas dos portugueses".
No final de fevereiro, o Parlamento deu "luz verde" a projetos de lei para travar as comissões bancárias, tendo sido aprovada, na generalidade, a proposta do PS que limita as comissões em plataformas eletrónicas (como é o caso do MBWay, da SIBS). Isto além de impedir a cobrança de comissões em transferências nestas plataformas até 100 euros ou 500 euros durante o período de um mês ou 50 transferências num mês.
SIBS responde às críticas da AdC
Além disso, Ana Sofia Rodrigues economista-chefe da AdC, afirmou ainda que "o que queríamos era um mercado com mais operadores a entrar e em que fosse fácil a um consumidor pagar os seus impostos, as suas despesas, por exemplo, com utilities [caso de água ou luz], com novas formas de pagamento e deixássemos de ter um sistema centrado na rede Multibanco e na SIBS".
Sobre esta posição, Madalena Cascais Tomé, presidente da plataforma detida pelos bancos, afirmou, esta quarta-feira, que a "acusação da Adc sobre a SIBS poder atuar de forma mais fechada é absolutamente falso". De acordo com a responsável, "o mercado de pagamentos é totalmente aberto e competitivo", existindo "inúmeras soluções a operar em Portugal".
Mais lidas