Ex-primeiro-ministro italiano Enrico Letta nomeado conselheiro internacional da dona da Zara
A Inditex nomeou o ex-primeiro-ministro italiano Enrico Letta para presidir ao seu conselho consultivo internacional, um órgão criado este ano para aconselhar o conselho de administração em questões geopolíticas e económicas internacionais.
O anúncio foi feito em comunicado pela gigante espanhola, dona de marcas como a Zara, Berhska, Stradivarius ou Massimo Dutti, no dia em que apresentou lucros recorde de 4.622 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano fiscal (que vai de fevereiro a outubro).
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A criação do conselho consultivo internacional da Inditex foi aprovada na última assembleia de acionistas, realizada em julho, mas a sua composição era desconhecida até então.
O conselho consultivo presta assessoria ao conselho de administração, especificamente ao seu comité de auditoria e conformidade, e também à gestão da empresa, "em questões de geopolítica, economia internacional e outras questões globais, como demografia e tendências sociais emergentes", conforme declarado pela empresa.
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Para o liderar foi escolhido então o antigo primeiro-ministro de Itália (entre abril de 2013 e fevereiro de 2014) que se encontra afastado da política desde 2022, mas que, em 2024, voltou à esfera pública por, então na qualidade de presidente do Instituto Jacques Delors, ter sido o autor de "Muito mais do que um mercado", um relatório sobre o futuro do mercado único, que, aliás, ficou conhecido como o "Relatório Letta".
Para além de Letta, o conselho consultivo internacional tem como membros Taeho Bark (antigo ministro do Comércio da Coreia do Sul), Simon Fraser (ex-conselheiro do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido), Rafael Gil-Tienda (economista espanhol que desempenhou funções na Bolsa de Valores de Hong Kong, entre outros), Anne Lange (empresário francesa do setor tecnológico, membro dos conselhos da Orange e da Pernod Ricard), Enrique Lores (presidente global e CEO da HP) e Marcos Troyjo (economista brasileiro que presidiu ao Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como o "banco dos BRICS", grupo que tem na sua formação inicial Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
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