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Cartéis e contratação pública na mira da Autoridade da Concorrência para 2026

No combate a práticas anticoncorrenciais, o regulador adianta que "dará prioridade à investigação de cartéis, particularmente nos mercados da contratação pública, do trabalho e das profissões liberais.

Nuno Cunha Rodrigues, presidente da Autoridade da Concorrência, na Conversa Capital em setembro de 2025.
Nuno Cunha Rodrigues, presidente da Autoridade da Concorrência, na Conversa Capital em setembro de 2025. Pedro Catarino
15:44

O reforço da capacidade de investigação na área da contratação pública figura entre as prioridades para o próximo ano da Autoridade da Concorrência (AdC) que o pretende fazer nomeadamente com a ajuda da inteligência artificial.

Em comunicado, enviado esta sexta-feira às redações, o organismo liderado por Nuno Cunha Rodrigues indica a este nível que "para melhorar a deteção oficiosa de infrações, a plataforma ScreenIT será otimizada com ferramentas de 'machine learning' e inteligência artificial aplicadas aos dados disponíveis no portal Base" e que será mantida a cooperação com a Polícia Judiciária, "reforçando ações de formação conjunta e apoio técnico e procedimental".

No combate a práticas anticoncorrenciais, a AdC detalha que "dará prioridade à investigação de cartéis, particularmente nos mercados da contratação pública, do trabalho e das profissões liberais, mantendo também a investigação de abusos de posição dominante, restrições verticais e decisões de associações de empresas".

Já no domínio do controlo de operações de concentração de empresas garante que "assegurará uma análise atempada e tecnicamente robusta das operações notificadas, incluindo a deteção de incumprimentos no dever de notificação ou na implementação antecipada de operações ('gun jumping')".

E há mexidas previstas neste âmbito, com a AdC a adiantar que "irá ainda rever as linhas de orientação sobre compromissos e acompanhar as revisões europeias sobre concentrações horizontais e não horizontais, garantindo que o regime jurídico se adapta à elevada dinâmica de inovação nos mercados".

Além disso, promete reforçar o diálogo com entidades públicas e associações empresariais e dará início a um novo ciclo da iniciativa "Mais Concorrência", desta vez focado em setores estratégicos como defesa, segurança nacional, proteção civil e autarquias locais.

"A atuação da AdC em 2026 continuará centrada na aplicação 'efetiva e rigorosa' da lei da concorrência e na promoção de mercados concorrenciais, com o objetivo de proteger o bem-estar dos consumidores, num contexto marcado pela transformação tecnológica, incerteza geopolítica, tensões comerciais e desafios ambientais e sociais".

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