"As cativações limitam, naturalmente, a capacidade de gestão e de decisão das entidades a quem sejam aplicadas, sendo essa limitação tanto mais relevante quanto mais restritivo é o orçamento da entidade em causa, e podendo gerar ineficiências indesejadas", diz a CMVM quando questionada pelo Negócios sobre as cativações a que esteve sujeita, não revelando valores. Mas, em 2017, no Parlamento, a sua presidente, Gabriela Figueiredo Dias, revelou que "determinados processos críticos em curso, sem determinadas pessoas em determinados lugares, não são concretizáveis". Nessa altura, segundo a Lusa, o Governo tinha sujeitado este supervisor a cativações de 10% do seu orçamento, o equivalente a cerca de dois milhões de euros. Ao Negócios a CMVM não revelou se estas verbas foram, entretanto, descativadas, mas Gabriela Figueiredo Dias tinha alertado, nessa audição, que a manter-se poderia não ter dinheiro para pagar salários no último mês desse ano.