Lucros da Mota-Engil sobem 20% para 59 milhões até junho
A Mota-Engil registou um resultado líquido de 59 milhões de euros na primeira metade deste ano, o que representa um aumento de 20% face aos 49 milhões apurados no mesmo período de 2024 e que é um “valor recorde num primeiro semestre”
Em comunicado à CMVM, o grupo liderado por Carlos Mota dos Santos adianta que o volume de negócios somou 2.745 milhões de euros, mais 0,5% em termos homólogos, com a área de engenharia e construção a recuar 2% para 2.380 milhões.
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Em África a faturação do grupo cresceu 59% para 1.047 milhões de euros, “impulsionado pela atividade nos seus mercados core e pela expansão do negócio de engenharia industrial”, que cresceu 87%, e que coloca atualmente o grupo “como líder nos serviços de contract mining no continente africano”, refere.
Já na América Latina gerou 1.091 milhões, um recuo de 27%, explicando que “depois de mais de dois anos de crescimento a dois dígitos do volume de negócios, a atividade ajustou, tal como esperado, após a conclusão do trem maya no México, mantendo-se contudo a rendibilidade resiliente”.
Também a Europa diminuiu o seu contributo em 18% para 242 milhões, devido ao efeito da Polónia registado em 2024, uma operação que foi alienada em setembro. Sem esse efeito, a região teria registado um crescimento de 11% em base comparável. No entanto, o grupo salienta que “a performance foi impactada por atrasos ocorridos nos concursos e nas adjudicações, no seguimento das eleições inesperadas que tiveram lugar em Portugal, tendo alguns projetos só sido desbloqueados recentemente", frisando ser "expectável que ganhe momentum a partir de 2026 em diante”.
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Já o volume de negócios da área do ambiente aumentou 15% para 304 milhões.
O EBITDA do grupo aumentou 13% para 448 milhões de euros na primeira metade deste ano, com a margem a melhorar para 16%. Só na área de engenharia a construção apurou um aumento de 13% para 379 milhões. Em África a subida foi de 77%, enquanto na Europa houve um recuo de 13% e na América Latina de 37%.
No comunicado, o grupo salienta o recorde “de faturação e EBITDA, conjugado com o melhor resultado de sempre num primeiro semestre”.
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A carteira de encomendas somava no final de junho 14,7 mil milhões de euros, não incluindo ainda contratos de 1,36 mil milhões assinados já depois, como o do primeiro troço de alta velocidade em Portyugal (800 milhões de euros), de um projeto de construção civil de um edifício em Lisboa (108 milhões), do projeto ferroviário de Queretaro-Irapuato no México (292 milhões) e de trabalhos adicionais no âmbito do Work Stream II do Aeroporto Internacional de Bugesera no Ruanda (162 milhões).
Angola, México e a Nigéria representavam em junho 21%, 16% e 12% da carteira de encomendas, respetivamente. Já em Portugal a carteira atingiu os 894 milhões, com trabalhos em curso principalmente no segmento das infraestruturas de transporte e saúde, nomeadamente no novo Hospital de Lisboa e no metro de Lisboa.
A dívida líquida diminuiu 64 milhões de euros face a dezembro, para 1.695 milhões, melhorando o rácio de dívida líquida/EBITDA para 1,68x.
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Na apresentação dos resultados semestrais, a Mota-Engil afirma ter alcançado “de forma transversal níveis inéditos de atividade e rentabilidade”, reafirmando a concretização dos objetivos previamente ao delineado no seu plano de negócios e que levará à apresentação de um novo plano estratégico até final do primeiro trimestre de 2026 com novos objetivos e ambições até 2030.
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