A evolução dos preços das matérias-primas, da energia, incluindo os combustíveis, e dos materiais de construção, a que se somam disrupções nas cadeias produtivas e logísticas globais, está a ter impacto nos contratos públicos. “Tendo presente o recurso às fórmulas de revisão de preços para edifícios, reabilitação e engenharia civil e a variação do índice S&P GSCI Energy & Metals, podemos estimar que o aumento médio do referido impacto é da ordem dos 18%”, revelou ao Negócios Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI). Assim, adianta o responsável, “considerando o volume anual de empreitadas de obras públicas celebradas, que é de cerca de 4 mil milhões de euros, o impacto potencial estimado é de 720 milhões de euros”.