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António Mota doa 28% da "holding" familiar aos quatro filhos

Histórico líder da construtora sai da administração da Mota-Engil Participações, tal como já tinha saído da SGPS. Passa lugar na "holding" da família a Manuel António da Fonseca Vasconcelos da Mota.

António Mota doa 28% da 'holding' familiar aos quatro filhos
António Mota doa 28% da "holding" familiar aos quatro filhos
10:52

Depois de já ter saído da administração da Mota-Engil, António Mota sai também da gestão da "holding" familiar, a Mota-Engil Participações, cedendo o lugar ao seu filho, Manuel António da Fonseca Vasconcelos da Mota. Decidiu também doar grande parte da sua posição no capital da empresa que controla a SGPS aos quatro filhos por igual.

"No seguimento de uma assembleia geral de acionistas da MGP realizada no presente mês, o Sr. Eng. António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota deixou de exercer funções no Conselho de Administração, tendo sido substituído pelo Sr. Eng. Manuel António da Fonseca Vasconcelos da Mota", diz o comunicado enviado à CMVM.

Além de sair da administração da empresa da família, António Mota decidiu também entregar parte das suas ações aos filhos. Fez uma doação, fora de mercado, de 28% do capital da MGP.

"António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota procedeu à doação (fora de bolsa), aos seus filhos elencados abaixo, de 1.789.780 ações da MGP (447.445 ações a cada um), representativas de 28% do seu capital social", acrescenta.

Além das ações recebidas em doação, cada um dos filhos tem posições individuais na "holding". Manuel António da Fonseca Vasconcelos da Mota tem ainda 430 mil ações e Maria Sílvia da Fonseca Vasconcelos da Mota tem 191 mil, enquanto Maria Inês da Fonseca Vasconcelos da Mota Sá e Maria Luísa da Fonseca Vasconcelos da Mota não têm.

A MGP detém, atualmente, 123.684.553 ações representativas do capital social da Mota-Engil, SGPS, S.A., correspondentes a 40,32% do seu capital social. Em bolsa, os títulos da construtora estão a negociar nos 5,265 euros, o que avalia esta posição em 658 milhões de euros.

A Mota-Engil registou em 2024 lucros de 123 milhões de euros, o que representa um aumento de 8% face aos 113 milhões apurados em 2023. O grupo sublinhou terem sido os melhores resultados de sempre, com recordes de volume de negócios, EBITDA e resultado líquido, antecipando em dois anos metas definidas no plano estratégico para 2026.

Transição geracional

A saída da administração, assim como a entrega das ações, marcam um afastamento dos histórico líder do dia a dia dos negócios. A 15 de maio, António Mota tinha já saído da posição de vice-presidente da Mota-Engil.

A saída de António Mota da administração do grupo, a que presidiu durante cerca de 28 anos (entre 1995 e 2023), enquadra-se na estratégia de transição geracional que foi iniciada há cerca de dois anos, com a escolha de Carlos Mota dos Santos para os cargos de presidente e CEO.

António Mota, nascido em 1954, presidiu à construtora durante 28 anos. Foi recentemente agraciado com as insígnias da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

(Notícia atualizada às 11:04 com mais informação)

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