Juventus arrisca furar fair play financeiro da UEFA com contratação de CR7
Os mais 100 milhões de euros despendidos na contratação de Cristiano Ronaldo ao Real Madrid fazem com que a Juventus deva incumprir a nova regra do fair play financeiro da UEFA, revela o jornal Il Sole 24 Ore.
A contratação de Cristiano Ronaldo faz com que a Juventus tenha quebrado a mais recente regra do fair play da UEFA que entra em vigor a partir da época desportiva 2018-2019 e que diz respeito ao balanço financeiro ao longo de uma época.
De acordo com os cálculos realizados pelo jornal transalpino especializado em assuntos económicos Il Sole 24 Ore, a "Vechia Signora" registou um saldo negativo entre compras e vendas de jogadores (comissões e outras despesas relacionadas com transferências incluídas) de 162,8 milhões de euros, o que supera o novo limite de 100 milhões de euros imposto pela UEFA para o "prejuízo" numa janela de transferências.
Tendo em conta que a nova regra é calculada em função de uma época – o que significa que contempla duas janelas de transferências, Verão e Inverno –, a Juventus pode ainda inverter a situação com vendas no natal. Para o conseguir teria de conseguir encaixar em torno de 63 milhões de euros no próximo período de transferências, mas tal é improvável tendo em conta as aspirações da equipa transalpina que aponta à conquista da Liga dos Campeões.
Aos 112 milhões de euros gastos na compra dos direitos desportivos de CR7 somam-se os valores gastos na aquisição do também português João Cancelo e do brasileiro Douglas Costa, o que eleva para 185 milhões de euros o total despendido pela equipa detida pela família Agnelli na última janela de transferências.
Do lado das vendas registam-se somente os 18 milhões de euros pagos pelo AC Milan pelo empréstimo do avançado argentino Higuain (que há dois anos foi adquirido por 90 milhões de euros ao Nápoles). A isto deve ainda acrescentar-se que, segundo noticiou o Corriere dello Sport, no âmbito desta operação a Juventus pagou 1 milhão de euros líquidos a Higuain, o que representou uma despesa de quase 2 milhões ao clube de Turim, uma soma não revelada aquando do acordo com o Milan.
No entanto, não se conhecem os procedimentos que poderão ser levados a cabo pela UEFA em caso de incumprimento por parte da Juventus, dado que se trata de uma nova regra.
No início do mês, a sociedade transalpina divulgou as contas mais recentes, mostrando que a partir de 1 de Janeiro se regista um prejuízo de 62,2 milhões de euros, um resultado bem pior do que no período homólogo (-26,6 milhões de euros). Em sentido inverso prossegue a capitalização bolsista do clube de Turim que mais do que duplicou desde a contratação da estrela madeirense.
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