"A AEP tem interesse em adquirir" a Exponor
O presidente da Associação Empresarial de Portugal diz esperar "um final feliz para o processo" de venda do maior recinto de feiras e eventos do país e reafirma o interesse em aquirir a Exponor.
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A Associação Empresarial de Portugal (AEP) diz ter interesse em readquirir a Exponor, parque que entregou em 2013 a um fundo imobiliário e que se encontra agora à venda.
"Sim, a AEP tem interesse em adquirir o parque das exposições", disse Luís Miguel Ribeiro, em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW.
A AEP entregou a Exponor ao fundo imobiliário Nexponor em 2013 para fazer face a dívidas de 100 milhões de euros.
O fundo tinha um período de validade de 10 anos, já expirado, sendo que a AEP – que tem um contrato de arrendamento para explorar o parque até 2028 – queria voltar a ser dona do recinto, mas nunca chegou a acordo com a sociedade gestora do mesmo, que acaba de colocar a Exponor no mercado. Os interessados na compra podem apresentar proposta até ao dia 20 do próximo mês.
Luís Miguel Ribeiro diz que a AEP tem "sobretudo interesse em continuar a desenvolver a atividade" no maior recinto de feiras e eventos do país. "Temos, de facto, essa vontade. Temos tido contactos, inclusive, com investidores que nos procuram para conversar sobre este tema e sobre as propostas que pensam apresentar e penso que, com muita convicção, nós faremos parte da solução futura e a AEP deverá continuar a fazer o seu trabalho", sublinhou.
O presidente da AEP não quis, no entanto, adiantar pormenores sobre propostas. "É um processo que está em curso e, naturalmente, neste momento não direi mais que isto, mas é um processo que acompanhamos desde há algum tempo, já muito de perto, e certamente esperamos ter um final feliz para este processo", rematou.
Luís Miguel Ribeiro já tinha indicado, em declarações ao Negócios, que o plano para o qual a associação está a trabalhar “prevê que o parque de exposições continue a ser um ativo da AEP, não só na sua exploração, mas, eventualmente, também na propriedade”. “Certo é que seremos sempre uma parte ativa”, prometeu.
“Neste momento, o ativo está no mercado e os potenciais interessados terão na AEP uma mais-valia para o desenvolvimento do projeto previsto, cuja âncora principal é o Parque de Exposições da Exponor. Para já, temos de aguardar a evolução do processo”, disse.
Além do parque de exposições, que inclui os pavilhões de feiras, o centro de congressos, um edifício de serviços e parque de estacionamento, fazem parte do património da Nexponor dois lotes de terreno para promoção imobiliária, perfazendo uma área total de 180 mil metros quadrados, descreve a responsável pela comercialização dos ativos em regime de exclusividade.
A Nexponor apresentou à Câmara de Matosinhos um projeto de grande escala para a requalificação e expansão da Exponor, cujo Pedido de Informação Prévia (PIP) obteve aprovação em abril de 2024, encontrando-se atualmente em vigor.
O plano prevê, além da modernização do atual parque de exposições, a criação de um empreendimento de uso misto – integrando serviços, comércio, turismo e habitação – com uma área bruta de construção acima do solo de cerca de 177 mil metros quadrados.
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