O Banco Espírito Santo (BES) tem sido, desde a privatização da Portugal Telecom (PT), a voz de comando na operadora. Tinha de concertar posições com o Estado, quer directamente por via da detenção de uma "golden share" que terminou, quer indirectamente pelo peso da Caixa Geral de Depósitos no capital da PT. Aqui reside a dúvida para 2012. Até quando a Caixa se vai manter no capital da PT? A questão não reúne consenso. Se a gestão da Caixa Geral de Depósitos defende, por um lado, que a participação na PT traz vantagens financeiras, por via da remuneração accionista e não penaliza os capitais, por outro lado a troika parece preferir que o banco público venda as participações não financeiras que tem. A PT é uma delas.