EDP: como se recusam duas propostas irrecusáveis?
Lóbis, últimas jogadas, pressões, manipulações. A privatização da EDP entrou na fase das questões finais. Incluindo esta: como vai o Governo dizer "não" a dois destes poderosos países?
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As propostas finais foram entregues à Parpública na sexta-feira, mas só na segunda-feira foram conhecidas as ofertas, quando o Negócios revelou em manchete que a proposta mais alta era dos chineses da Three Gorges, de 3,45 euros por acção, o equivalente a 2,7 mil milhões de euros pelos 21,4% que o Estado colocou à venda – e uma oferta cerca de 40% acima da cotação da EDP em Bolsa. A proposta mais baixa foi apresentada pelos brasileiros da Cemig, que desde então tem sido descartada do mapa de possibilidades. Mas as outras duas propostas, de 3,28 euros por acção da brasileira Eletrobras e de 3,25 euros dos alemães da E.ON, mantêm três contendores na corrida por uma distância relativamente curta: entre o primeiro e o terceiro preço há uma distância de 170 milhões. Em perspectiva está a escolha de dois destes três concorrentes para uma negociação final, que estará fechada a 23 de Dezembro, para o último Conselho de Ministros antes do Natal.
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